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Os limites éticos nas intervenções cirúrgicas

Por Eduardo Sucupira
Atualização:
Eduardo Sucupira. FOTO: DIVULGAÇÃO Foto: Estadão

No começo da pandemia as cirurgias plásticas sofreram uma redução considerável, devido ao medo e incerteza que cercavam a chegada da COVID-19. Em pouco tempo esse cenário mudou, acompanhando a necessidade de reuniões on-line frequentes e o que chamamos de efeito "zoom".

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Quando estamos em uma videoconferência, a região da face ganhe destaque. Com o Efeito Zoom o interesse em procedimentos faciais cresceu exponencialmente, tais como o lifting facial, cirurgia de pálpebras e procedimentos não cirúrgicos como preenchimentos e harmonizações com toxina botulínica.

Dados do Google mostram um aumento de quase 5000% na busca pelo termo "rinoplastia", 240% na busca por harmonização facial e 80% por botox durante a pandemia. O jornal da USP também aponta cerca de 140% de aumento no número de procedimentos estéticos entre jovens, com o Brasil liderando o ranking nesta categoria.

É preciso estar atento aos limites éticos das intervenções cirúrgicas, os exageros e modismos nas redes sociais. A função do cirurgião plástico é exatamente orientar o paciente a evitar os exageros estimulados pela mídia com promessas muitas vezes, fantasiosas e na maioria das vezes divulgados por profissionais sem qualificação.

A atenção e o cuidado com os pacientes submetidos aos procedimentos estéticos precisa ser uma constante em todas as etapas do processo. O trabalho de um bom cirurgião não se restringe ao procedimento em si: é necessário entender as expectativas de cada paciente, suas motivações para realizar o procedimento e o que vem vivendo no momento. Outro ponto essencial é ter certeza de que a pessoa realmente vai se beneficiar dessa cirurgia e, enfim, deixar claro que a beleza é múltipla e não obedece a padrões.

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*Eduardo Sucupira, cirurgião plástico, realizou a sua formação no Serviço do Prof. Ivo Pitanguy (1997-1999). Especialista e membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Membro titular do Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC) e da International Society of Aesthetic Plastic Surgery (ISAPS). Membro internacional da American Society for Aesthetic Plastic Surgery (ASAPS). Mestre e Doutor pelo Programa de Cirurgia Translacional da Escola Paulista de Medicina pela Universidade Federal de São Paulo

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