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Os Emirados Árabes Unidos: uma válvula de segurança em uma região explosiva

Por Hafsa Al Ulama e Embaixadora dos Emirados Árabes Unidos no Brasil
Atualização:
Hafsa Al Ulama. Foto: Arquivo Pessoal

Nas últimas décadas, os Emirados Árabes Unidos (EAU) experimentaram uma mudança sem precedentes, despontando como um dos países mais dinâmicos e modernos do mundo, e ocupando uma posição de referência em termos de progresso e desenvolvimento global. E este ano é particularmente relevante para celebrarmos tantos avanços, com a comemoração do Ano de Zayed, que marca o centenário de Sheikh Zayed, personalidade responsável por pavimentar um caminho de desenvolvimento para as próximas gerações.

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Sheik Zayed promoveu ações que congregaram um espírito de união e estabilidade, influenciando o estreitamento das alianças em um momento de alta instabilidade política. Ergueu elos de comunicação, fomentando a cooperação entre os povos e traçando importantes fundamentos para a agenda política e diplomática do país. Sob a liderança de Sheik Zayed, o país tornou-se importante agente de assistência humanitária, promovendo educação, saúde, projetos de infraestrutura, tolerância racial, religiosa e cultural em todo o mundo.

Reforçando a relevância da inclusão e da igualdade como prefeitos fundamentais para o país, Sheik Zayed instalou a cultura da filantropia e um sentimento geral de generosidade que tem inspirado as novas gerações.

Motivada pelas novas oportunidades oferecidas pelo país e cada vez mais comprometida com a expansão dos ideais promovidos pelo fundador, a juventude busca cada vez mais modernização e progresso, mas preservando valores sociais e culturais de respeito e de tolerância.

Assim, se os Emirados Árabes Unidos ocupam o topo dos rankings de desenvolvimento, demonstrando excelentes indicadores de qualidade de vida e de progresso social, é graças à continuação de um trabalho iniciado por Sheik Zayed.

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Este ano, os Emirados Árabes Unidos foram nomeados como o maior doador oficial de ajuda ao desenvolvimento do mundo em relação à renda nacional pelo quinto ano consecutivo. Em 2017, doamos 5,25 bilhões de dólares a 147 países, o qual equivale 19,52 bilhões de reais.

Dessa forma, desde a criação dos EAU, o país contribui no apoio de esforços internacionais de desenvolvimento e na resposta humanitária a crises globais. Além de ser uma filosofia central para o nosso estado, achamos imprescindível auxiliar os países em nível global, que foram afetados por tumulto e desordem nos últimos anos.

Essas perturbações obrigaram-nos a tornamo-nos um participante ativo na conjuntura geopolítica regional. As doações, ainda que necessárias, já não eram suficientes, principalmente com a ascensão do Extremismo Institucional e a expansão do terrorismo e instabilidade na região.

O engajamento em questões geopolíticas tem um alto custo reputacional, financeiro e militar. Não podemos permitir que o nosso legado, marcado por um forte destaque econômico e social construído ao longo dos anos, seja colocado em risco e eventualmente comprometido com a deterioração da estabilidade da região.

O Irã representa, hoje, a principal ameaça à segurança da região, além de pôr em risco a estabilidade internacional como um todo.

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Com as tentativas iranianas de exportar a Revolução Khomeni, cujos pilares estruturantes formam uma problemática associação entre nacionalismo, política populista e extremismo religioso, juntamente com a instabilidade gerada pela Primavera Árabe contribuem para a instabilidade.

Da mesma forma, a retirada gradual das potências mundiais da região.

Tal recuada da política da região foi um grande revés no equilíbrio de poder, resultando num vácuo que precisava ser ocupado para garantir a segurança e o desenvolvimento.

Neste contexto, os Emirados Árabes Unidos irromperam como o principal fomentador dessas capacidades, e tem trabalhado ativamente para reestruturar e recuperar a segurança e a confiança internacional na região, abalada pelo Irã.

Por isso, acreditamos que uma maior compreensão por parte da comunidade internacional, seria valorosa e considerável para atingir um objetivo de interesse comum: a paz.

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Os Emirados estão comprometidos em promover uma agenda pragmática de otimismo, respeito e inclusão, continuando os valores do Sheik Zayed.

A despeito de o Irã ocupar três de nossas ilhas no Golfo Arábico - a Grande e a Pequena Tunb e Abu Musa, como parte deste espírito de cooperação e desta agenda pragmática, estamos preparados a conviver pacificamente, estabelecendo uma relação colaborativa, desde que observemos uma mudança de comportamento por parte dos nossos vizinhos.

De qualquer forma, encontraremos uma solução e a paz prevalecerá.

Os Emirados Árabes Unidos não estarão assistindo dos bastidores, mas sim tomando uma posição central na luta por um cenário internacional mais estável.

*Hafsa Al Ulama, Embaixadora dos Emirados Árabes Unidos no Brasil

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