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Os bondes da criminalidade no Rio descarrilaram!

Como um desastre de bondes a facção criminosa ADA colidiu com seus membros, e agora com esse descarrilamento?

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Por Valquiria Souza Teixeira de Andrade
Atualização:

Embora os trilhos das quatro facções eram trafegadas por cada uma, desde que o bonde do PCC passou a trafegar no Rio de Janeiro, havia previsão de colisão.

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Porém, a princípio, não se esperava que fosse com bondes de uma mesma facção que ocorreria colisão. Com a demissão de Rogério 157 condutor dos bondes do mestre, Antônio Francisco Bonfim Lopes (Nem), resultou no choque entre os bondes da ADA. O freio de emergência foi acionado por Rogério 157, que começou a cantar a marchinha de carnaval "daqui não saio, daqui ninguém me tira ".

Mas já se pensou que logo, logo os bondes da ADA passarão a ser conduzidos e controlados pelo PCC? Será que o PCC está aproveitando da situação ao se unir com os amigos dos amigos para posteriormente expandir seus bondes e trilhos em solo carioca, será?

O cenário dos bondes da criminalidades está cada vez mais ousado, sobretudo com a desenvoltura, robustez e estratégias organizadas dos trilhos utilizadas pela facção do PCC.

O Rio de Janeiro onde trilhavam somente bondes das facções do Comando Vermelho, ADA, terceiro comando puro e das milícias, os quais se uniam para impedir a possibilidade de bondes do PCC trilharem em território carioca, hoje acontece uma abertura, em razão de Rogério 157 não ter seguido regras da ADA.

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Mas deixaram de perceber que no momento de vulnerabilidade bondes do PCC se fariam presentes, independente qual seria o motivo?

Com o assassinato de Jorge Rafaat Toumani, intitulado por rei do tráfico na fronteira, o comando vermelho e outras facções criminosas ficaram em alerta no sentido de impedir o domínio do PCC não só no Brasil, mas também nos países vizinhos.

Os bondes do PCC já têm trilhos e trafegam com certa tranquilidade em todo Brasil, bem assim nos presídios brasileiros, então o problema não são os bondes de facções no Rio de Janeiro e sim os bondes da criminalidade em todo Brasil.

A solução emergencial seria transferir os condutores dos bondes e controladores às Penitenciárias federais? Onde, também, há bonde do PCC, porém seus condutores e controladores são destituídos de qualquer poder e se enfraquecem, o que não sucede nos diversos prédios estaduais, fator impeditivo de desarticulação.

Sim, mais uma vez, verifica-se que as Penitenciárias federais têm desenvolvido seus trabalhos, mas sozinhos esses estabelecimentos prisionais não são suficientes, digo e repito enquanto não houver uma política pública nacional de segurança penitenciária com trabalhos de segurança, inteligência e coordenados, com obrigação de todos presídios estaduais seguirem e executarem os trabalhos de forma uníssona, poucas serão as chances de haver êxito.

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*Professora da UNIP/BrasíliaDelegada de Polícia Federal, aposentadaEx-Diretora do Sistema Penitenciário Federal

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