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Orgânicos: mais que um modismo, uma tríplice aliança

Por João Paulo Sattamini
Atualização:
João Paulo Sattamini. FOTO: DIEGO LARRE Foto: Estadão

A história por trás dos orgânicos, no Brasil e no mundo, não é apenas um fato que veio e vai passar. Não é uma estratégia mercadológica da indústria de alimentos ou de um governo. É uma mudança de atitude do consumidor, que faz o mercado e o mundo ver o nosso redor com outros olhos.

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A busca por uma alimentação mais saudável tem se tornado o objetivo de muitas pessoas. Afinal, é uma questão de saúde e melhoria, qualidade e, sobretudo, expectativa de vida. Um cardápio balanceado traz diversas vantagens tanto para o físico, como para psicológico dos indivíduos, algo cada vez mais valorizado neste mundo em que a correria é inimiga da boa saúde.

Nesta constante mudança à procura de hábitos de vida mais saudáveis, sobretudo com o susto da pandemia do Covid-19 em que todos ansiavam e anseiam spor mais imunidade, o consumo de produtos orgânicos tem ganhado cada vez mais adeptos na gôndolas. Dados da Associação de Promoção dos Orgânicos revelam que houve caso de produtores que chegaram a triplicar sua produção em 2020, especialmente para atender aos canais de venda on-line.

É cientificamente comprovado que, com a ingestão deles, a incidência de doenças como câncer, alergias, distúrbios hormonais e neurológicos, causados pelo uso de substâncias químicas, tendem a diminuir. Os orgânicos ainda possuem garantia de origem pois são certificados com um selo que assegura a fiscalização desde a sua produção até a comercialização.

Mas o meio ambiente também sai ganhando no cultivo desses alimentos. Os métodos utilizados colaboram para diminuir a poluição tanto dos solos, quanto da água dos mananciais e reduzem o gasto de energia, já que na maioria das vezes a produção é feita manualmente. Dessa maneira, os orgânicos são vistos também como grandes aliados para a preservação do nosso ecossistema.

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Para além disso, os produtos orgânicos também contribuem para o desenvolvimento de pequenas comunidades e produtores rurais, estimulando, assim, o fortalecimento da economia local (economia verde) e da agricultura familiar, essa última atividade que sustenta grande parte dos brasileiros.

Ou seja, impulsionada pela conscientização da população e políticas públicas de compra de alimentos junto aos agricultores familiares e pelo surgimento de lojas especializadas e até mesmo supermercados que apostam na venda de produtos livres de qualquer agrotóxico, hormônio, remédio ou componente transgênico, a agropecuária orgânica é hoje uma realidade ao alcance de milhões de consumidores em várias cidades do país.

Mudar velhos hábitos por outros melhores sempre é bom e a saúde, economia e natureza agradecem.Acredito na democratização dos orgânicos, ou seja, o custo e preço final ao consumidor muito próximo se não igual ao convencional, tornando o alimento e bebida orgânicos cada vez mais acessível a todas camadas da população.

*João Paulo Sattamini, CEO BrasilBev

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