A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira, 23, a Operação Turbulência - em parceria com a Procuradoria da República e a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) - para investigar suposto esquema de facilitação de concessão de licenças e habilitações de pilotos de avião e helicóptero emitidas pela ANAC.
Policiais federais e servidores da ANAC cumprem quatro mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal, a pedido do MPF.
OUTRAS DO BLOG: + Filho de Picciani diz à PF que foi ao TCE 'falar de gado' com conselheiro
+ Operação C'est Fini prende ex-secretário da Casa Civil de Sérgio Cabral
+ C'est Fini intima Alexandre Accioly para depor
+ Lava Jato acha áudio da propina com Rei do Ônibus: 'é 1 milhão por mês'
A ANAC descobriu o esquema e comunicou a PF e a Procuradoria os primeiros indícios de irregularidades, que culminaram em investigação com a integração dos três órgãos.
Durante a apuração foi identificado que processos de solicitação de licença e/ou habilitação de pilotos eram peticionados junto à ANAC contendo documentação ideologicamente falsa.
"Despachantes de assessoria aeronáutica seriam responsáveis por cooptar interessados, montar seus processos com documentação falsa e/ou ideologicamente falsa, e submetê-los à ANAC, proporcionando rápida emissão da licença e/ou habilitação", informou o Ministério Público Federal no Rio.
A Agência ainda está investigando a emissão de 34 licenças e/ou habilitações fruto do suposto esquema.
A Procuradoria destacou que 'estas licenças e/ou habilitações já foram suspensas ou anuladas, sem prejuízo de outras ações na esfera administrativa, civil ou penal, sendo que três casos já resultaram na cassação das licenças emitidas'.
A Operação Turbulência destaca que 'nenhum dos investigados exerce atividade em empresas de operação aérea regular'.
"A atuação em parceria dos órgãos de persecução penal com a agência responsável pela regulação e fiscalização das atividades de aviação civil foi fundamental para identificar os ilícitos e interromper a prática dos crimes", afirmou Sérgio Luiz Pinel Dias, procurador da República responsável pelo caso no Ministério Público Federal.