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Operação Partilha, que mira 'rachadinha' na prefeitura de Barretos, prende cinco

Promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado e Polícia Civil investigam esquema de fraudes nos holerites dos servidores do município a 420 quilômetros da capital paulista

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Por Luiz Vassallo
Atualização:

Carlos Alberto Perassoli Foto: Polícia Civil de Bertioga

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e a Polícia Civil deflagraram, nesta segunda-feira, 20, a segunda fase da Operação Partilha. Foram decretadas as prisões de cinco servidores da prefeitura de Barretos (a 420 quilômetros de São Paulo), entre eles, o chefe do Departamento de Pessoal, Carlos Alberto Perassoli, detido em Bertioga, litoral paulista, onde passava as férias com a família. As investigações miram suposto esquema de fraudes nos holerites dos servidores municipais.

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Segundo o Ministério Público, 'foi oferecida denúncia contra nove pessoas por integrarem organização criminosa que atuou em centenas de crimes contra o erário na Prefeitura de Barretos'. "Além disso, cinco mandados de prisão contra servidores municipais estão em cumprimento, assim como mandados de busca e demais constrições patrimoniais cautelares".

Na primeira fase da Partilha, estimava-se que mais de R$ 9 milhões foram desviados dos cofres públicos. Foi presa a ex-secretária de Administração da prefeitura.

Entre os presos está Carlos Alberto Perassoli, detido nesta segunda-feira, 20, em uma colônia de férias. As informações foram divulgadas pelo delegado titular de Bertioga, José Aparecido Cardia.

De acordo com a Polícia Civil, também foram presas duas ex-servidoras que trabalharam no Gabinete do Vice-Prefeito e um funcionário terceirizado, que atuava na Secretaria de Administração do município. "Ainda foram apreendidos quatro veículos de luxo, pertencentes aos investigados, além de celular, computadores e documentos relacionados aos fatos".

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A Operação Partilha mira um suposto esquema de 'rachadinha', também conhecido como 'rachid', em que os servidores aceitavam receber entre R$ 2 mil e R$ 11 mil a mais, e sacavam os valores para devolver à ex-secretária Adriana Nunes Soprano, que foi presa no dia 22 de abril.

Os presos

A lista de alvos de prisão preventiva nesta segunda, 20, tem, além de Perassoli, a agente administrativa Maria Luiza Sampaio, demitida em 3 de maio, o agente de operações e fiscalização, Eder da Silva Barbosa, que já estava afastado, a assessora Elaine Cristina Soares Tosta, exonerada em dezembro do ano passado e Leandro Mattos Morandi, colaborador terceirizado da empresa Atitude.

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