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'Operação Greenfield também vai chegar na classe política', diz deputado da CPI dos Fundos de Pensão

Efraim Filho (DEM/PB) comandou Comissão Parlamentar de Inquérito em 2016 que pediu indiciamento de 353 investigados por desvios no Funcef, Petros, Previ e Postalis

Por Isadora Peron
Atualização:

Efraim Filho, do DEM. Foto: André Dusek/Estadão

Após a Policia Federal deflagrar a segunda fase da Operação Greenfield nesta quarta-feira, 8, o líder do DEM na Câmara, deputado Efraim Filho (PB), comparou o caso dos desvios em fundos de pensão à Lava Jato e afirmou que, em breve, as investigações também devem atingir a classe política.

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Efraim foi presidente de uma CPI da Câmara concluída em 2016 que teve como objetivo investigar crimes que teriam sido praticados em quatro dos maiores fundos de pensão do País: Funcef, Petros, Previ e Postalis.

"A CPI demonstrou que havia realmente um movimento articulado para transformar os fundos em uma rede de corrupção, e que ela obedecia a um tripé que se aproximava muito ao modus operandi do 'petrolão', as indicações de cunho político, o tráfico de influência, e o desvio de finalidades para atender interesses politico e partidários", disse.

 Foto: Estadão

O deputado lembrou que, assim como a Greenfield, a Lava Jato começou investigando empresários e gestores, para somente depois das primeiras delações premiadas chegar aos políticos. "Já foi o núcleo empresarial, o núcleo de gestores, e o próximo passo (da Greenfield) é chegar ao núcleo político que passava por trás dessas articulações", disse.

A CPI dos Fundos de Pensão pediu o indiciamento de 353 pessoas e apontou que os esquemas fraudulentos deram prejuízo de mais de R$ 3 bilhões aos quatro fundos das maiores entidades de previdência complementar do País. Um dos políticos citados no relatório final da comissão foi o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, apontado como integrante de um acerto de propina na Petros. O petista já foi condenado na Lava Jato.

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