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Okamotto: Método de Moro leva Lula para o linchamento

Minutos antes de o ex-presidente chegar ao prédio da Justiça Federal, onde prestará depoimento ao juiz federal Sérgio Moro, o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, afirmou que o magistrado tem 'método de fazer justiça questionável'

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Por Daniel Weterman
Atualização:

Lula. Foto: Alex Silva/Estadão

São Paulo, 10/05/2017 - O presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, afirmou que o método usado pelo juiz Sérgio Moro leva, na prática, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a um linchamento público antes de ser julgado.

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As declarações de Okamotto foram dadas minutos antes de Lula chegar ao prédio da Justiça Federal, onde é interrogado por Moro, pelo Ministério Público Federal e pelos advogados dos réus na ação sobre o triplex do Guarujá e o armazenamento do acervo do petista. Okamotto é réu na mesma ação e já foi ouvido.

Okamotto esperava Lula na rua de acesso ao prédio onde Moro trabalha. "Esse método de fazer Justiça é muito questionável. Pode ter linchamento de pessoas", disse, criticando a exposição do processo antes do julgamento final. Perguntado se esse risco de linchamento atingia Lula, o presidente do Instituto disse que sim. "Na prática vai para o linchamento. Temos aqui (em Curitiba) toda essa confusão porque ele seria dono de um triplex", declarou.

Ontem, o juiz Ricardo Leite, da 10.ª Vara Federal de Brasília, suspendeu as atividades do Instituto Lula por tempo indeterminado. O despacho do magistrado foi dado com base em outro processo, o que o ex-presidente é réu por obstrução de Justiça.

Okamotto afirmou ser "muita coincidência" a suspensão ser divulgada na véspera do depoimento de Lula a Moro. "Muita gente está dizendo que isso foi uma forma de tirar a gente do foco, mas eu não tenho como provar", afirmou.

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O presidente do Instituto disse ainda que não sabe qual é a extensão da suspensão. "Vamos ter que tirar nosso site do ar?", questionou. Okamotto alegou que a entidade ainda não foi oficialmente notificada oficialmente da decisão. Ele ainda disse que, se for aplicar a tese de interrupção de atividades para todos os locais onde há discussão política, "não tem mais sindicato, não tem mais nada". "Quero saber qual a base legal para a suspensão", provocou.

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