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OAB diz que presidente do TJ de Mato Grosso do Sul revela 'desprezo' por 217 mil mortos da covid-19 ao pregar fim da 'esquizofrenia e palhaçada midiática fúnebre'

'A OAB aguarda a análise da conduta do desembargador pelos órgãos de controle do Judiciário', registrou o presidente da entidade Felipe Santa Cruz em nota

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Foto do author Fausto Macedo
Por Pepita Ortega e Fausto Macedo
Atualização:

Des. Carlos Eduardo Contar presta juramento. Foto: Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Felipe Santa Cruz, classificou o discurso em que o novo presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul Carlos Eduardo Contar defendeu que servidores públicos retornem ao trabalho, 'pondo fim à esquizofrenia e palhaçada midiática fúnebre', como uma 'demonstração de desprezo' às mais de 217 mil pessoas que morreram em razão da covid-19.

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Segundo o chefe da maior entidade de advogados do País, o desembargador incitou o desrespeito a medidas de contenção do vírus, cometendo atentado contra a inviolabilidade do direito à vida, garantia fundamental da Constituição, e agrediu a imprensa em seu dever de informar a população'. "A OAB aguarda a análise da conduta do desembargador pelos órgãos de controle do Judiciário", registrou Santa Cruz em nota.

A manifestação do presidente da OAB se dá em reação ao discurso que Carlos Eduardo Contar fez em solenidade realizada no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo, localizado em Campo Grande, capital do Estado. Como mostrou o Estadão, a corte esperava que cerca de 300 pessoas comparecessem o local. O evento ainda foi transmitido ao vivo na página do tribunal no YouTube.

Na ocasião, o desembargador também defendeu 'o desprezo ao picareta da ocasião que afirma 'fiquem em casa" - em referência àqueles que defende o isolamento social em meio a pandemia do novo coronavírus. Segundo a OAB, o pronunciamento 'ofende os brasileiros e contribui para conduzir o país a um maior número de mortes pela pandemia do novo coronavírus'.

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