Foto do(a) blog

Notícias e artigos do mundo do Direito: a rotina da Polícia, Ministério Público e Tribunais

O que esperar do mercado imobiliário em 2021?

PUBLICIDADE

Por José Luiz Camarero Neto
Atualização:
José Luiz Camarero Neto. FOTO: DIVULGAÇÃO  

O ano já começou e, apesar de todas as áreas da economia terem sido impactadas pela pandemia, algumas já demonstram sinais de recuperação. É verdade que ainda há muitas incertezas sobre como será este ano, mas as expectativas são de que 2021 seja um dos melhores para o mercado imobiliário. Segundo dados divulgados em novembro pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic) e pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), em parceria com a Brain Inteligência Estratégica, o setor acumulou um aumento de 8,4% nas vendas de imóveis novos nos primeiros nove meses de 2020, apesar da recessão. Essa notícia é bastante animadora para quem desejava comprar o apartamento em 2020, mas optou por adiar a realização desse sonho por conta da insegurança que o atual cenário causou mundialmente.

PUBLICIDADE

O último ano começou bastante positivo para o setor imobiliário. Segundo dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), de janeiro a maio de 2020, o total de financiamentos atingiu R$ 34 bilhões em crédito, alta de 23,2% em comparação com o mesmo período do ano de 2019. Quando houve o decreto da pandemia, algumas medidas foram tomadas para que o mercado não fosse impactado negativamente. Uma delas foi a queda gradual da taxa Selic, na qual os bancos e demais instituições financeiras se baseiam para estipular os juros das linhas de crédito. Essa é uma estratégia muito eficaz para estimular o consumo e, assim, fortalecer a economia. No início do ano, a taxa estava 4,25%aa, em dezembro chegamos ao menor patamar histórico, 2%aa. Isso impactou positivamente o setor, pois os juros dos financiamentos acompanharam a queda, tornando a compra ainda mais acessível e atrativa.

Outro destaque animador, foi o lançamento do programa habitacional Casa Verde e Amarela para substituir o Minha Casa Minha Vida. Juros mais baixos e nova divisão entre as faixas de renda são as principais mudanças, além da possibilidade de regularização fundiária e reformas em residências já existentes. O Casa Verde e Amarela pretende atender 1,6 milhão de famílias até 2024, isso demonstra as facilidades e oportunidades oferecidas pelo novo programa.

A pandemia não impactou apenas a economia, como também nossos hábitos de consumo e, principalmente, a forma como nos relacionamos com a nossa moradia. O isolamento fez com que ficássemos mais tempo no lar e, com isso, percebemos a importância da praticidade e do conforto. Houve um aumento na procura por imóveis maiores, espaços para o home office, com varandas, um novo olhar para o paisagismo e inclusive uma mudança de grandes centros para o interior. Essas alterações trouxeram novas necessidades em termos de moradia. Como consequência, tem-se optado por imóveis com diferenciais que possam nos oferecer mais segurança e comodidade.

Enfim, baseado na crescente do último ano, o mercado imobiliário terá uma fase excelente em 2021 e oferecerá opções bastante atrativas e condições facilitadas para que o sonho da casa própria se torne real. Com juros mais baixos, novo programa habitacional e novos empreendimentos, certamente será possível encontrar um que ofereça todo o conforto necessário e sem prejudicar o orçamento.

Publicidade

*José Luiz Camarero Neto é diretor executivo do grupo Bild Desenvolvimento Imobiliário e Vitta Residencial

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.