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O que esperar do mercado de câmbio com tanta volatilidade na pandemia?

Por Vanessa Blum Colloca
Atualização:
Vanessa Blum Colloca. Foto: Divulgação

Não é novidade para o brasileiro a volatilidade do câmbio. Com o cenário político mais otimista com relação a reformas administrativas e tributárias na pauta e FED aprovando juros entre zero e 0,25%, a tendência de curto prazo é uma maior valorização do real.

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Porém, não podemos esquecer que estamos falando de Brasil e qualquer notícia "negativa" com relação à política interna pode mudar essa situação. Neste cenário pandêmico, o que o mercado de câmbio percebe é um aumento substancial no volume de envios e recebimentos do exterior, e uma diminuição na venda de papel moeda para turismo.

No primeiro trimestre de 2021, observamos que muitos venderam suas moedas estrangeiras para saldar compromissos e dívidas em real, tendo em vista que o dólar estava bastante apreciado. No final de abril, o movimento de compra de moeda subiu devido à depreciação do dólar e a esperança de uma retomada do turismo com a vacinação acelerando.

O otimismo econômico global deve continuar. No Brasil, com a antecipação do 13º, teremos uma impulsionada no consumo e uma injeção em torno de R$60bi na economia. A queda expressiva na taxa de câmbio do dólar se dá mediante a decisão de aumento dos juros do Banco Central brasileiro em 0,75 pontos da Selic e sinalização de continuidade nos aumentos, embora sem realmente mostrar se manterá o ritmo.

Com manutenção de juros nos Estados Unidos e Europa, há o favorecimento no diferencial de juros para o Brasil ante o exterior, e isso pode atrair investidores estrangeiros em meio à farta liquidez internacional, a despeito do risco fiscal interno. A realidade é o enfraquecimento do dólar ante as moedas emergentes que estavam extremamente pressionadas, principalmente o real.

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Mas, como nem tudo são flores, atenção para CPI da covid, afinal, notícias negativas e surpresas nos depoimentos podem dar um fôlego para o dólar e segurar um pouco essa valorização do real.

*Vanessa Blum Colloca, economista pela PUC-SP, diretora da corretora de câmbio GetMoney e especialista em câmbio e mercado financeiro pela FGV e pela ABRACAM (Associação Brasileira de Câmbio).

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