Com base em uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU), a força-tarefa da Operação Lava Jato requereu ao juiz federal Sérgio Moro que intimasse a Secretaria de Administração da Presidência da República para que promova uma avaliação de bens apreendidos em poder do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva Lula na Operação Aletheia - desdobramento da Lava Jato que pegou o petista, em março.
O TCU aponta no documento que: "em virtude das fragilidades nos procedimentos de classificação desses presentes, como mencionado no achado anterior, constatou-se que dos 568 itens recebidos nos dois mandatos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva apenas nove foram incorporados ao patrimônio da União (1,58%) e dos 144 bens recebidos nos dois mandatos da presidente Dilma Vanna Rousseff somente seis foram incorporados (4,17%)".
O Relatório de Fiscalização 164/2016 do Processo TC nº 011.591/2016 foi incluído no pedido.
"Assim, pelos processos atuais não há como garantir que os acervos presumidamente privados de 568 bens, pertencente ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e o acervo de 144 bens, registrado como de propriedade da presidente Dilma Vanna Rousseff, tenham sido corretamente classificados", informa o documento do TCU.
A Lava Jato requereu o documento do TCU e anexou à um dos inquéritos ainda em aberto, em Curitiba.