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O protagonismo da comunicação frente aos negacionistas das vacinas

Por Caio Tacconi
Atualização:
Caio Tacconi. FOTO: DIVULGAÇÃO Foto: Estadão

Em 17 de janeiro, testemunhamos a primeira pessoa que tomou a vacina produzida pelo Instituto Butantan, em parceria com a chinesa Sinovac, e aprovada pela Anvisa - Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Uma enfermeira de São Paulo, negra e moradora de Itaquera.

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Segundo os próprios cientistas, até aqui, a vacina se provou mais segura - e os riscos de não a tomar indicam ser bem maiores do que eventuais alergias ou complicações resultantes da vacinação.

Mas nossa guerra não é apenas com o vírus, é também com as fakes news.

Segundo pesquisa do RealTime Big Data, encomendada pela Record TV, apenas 69% dos brasileiros querem se vacinar. No momento em que milhões de brasileiros expressam relutância ou mesmo se recusam a tomar a vacina contra o coronavírus, cabe aos meios de comunicação fazer um papel educativo. Eu tenho chamado de relação maternal, de pegar no colo e dizer quer 2+2=4.

Mais uma vez, o papel da comunicação é importante. Não apenas para fins democráticos, mas, também, como peça fundamental de informação, em fazer com que as pessoas entendam, de uma forma não partidária, que a vacina é segura.

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Afinal, conhecimento liberta!

E sobre o marketing em cima de tudo isso - vou deixar de lado a guerra Doria e Bolsonaro -, não tenho dúvida de como o marketing de influência pode ajudar na conscientização.

Um exemplo disso é a estratégia de comunicação adotada pelo governo da Indonésia, que apostou em influenciadores digitais para serem os primeiros da fila para vacinação contra Covid-19. Essa foi a forma que encontraram de usar comunicação e influência para alcançar e incentivar a população do país.

Será que isso funcionaria no Brasil? A própria cantora Anitta se dispôs, por meio de suas redes sociais, a ser uma das primeiras e mostrar o quanto a vacina é eficaz.

Você pode não gostar da Anitta e das suas músicas, mas é impressionante o alcance e a influência da cantora nas suas redes sociais. Quando fala, é ouvida.

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Mas essa estratégia não tem nada de nova. Em 1956, Elvis Presley já usava sua imagem para influenciar a população. Naquela década, cerca de 60 mil crianças eram infectadas anualmente nos EUA com poliomielite e menos de 1% dos adolescentes americanos estavam imunizados.

Até Elvis! Que após tomar a vacina em um programa de TV, fez as taxas de vacinação entre os jovens americanos dispararem para 80% num intervalo de 6 meses.

Fica a lição. Não acredite em fake news e na dúvida, pesquise. Apesar de toda polarização política que vivemos, existem veículos de comunicação sérios que estão trabalhando para nos munir com conhecimento.

E fica a dica de um comunicador: tome a vacina, você não vai virar um jacaré!

*Caio Tacconi, Head of Marketing & Digital do Grupo H

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