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O potencial da tecnologia aliada à qualidade médica

A utilização de soluções tecnológicas tem se expandido no meio médico e proporcionado incontáveis contribuições para alcançar ainda mais inovação na saúde.

Por Gustavo Kuster
Atualização:

Gustavo Kuster. Foto: Divulgação.

Não restam dúvidas sobre o viés de inclusão que proporciona a aplicação da telemedicina. E não é novidade para os gestores da área que o seu uso vai além do atendimento direto ao paciente e pode ajudar a sanar problemas como falta de especialistas, integração de dados, gestão de laudos e exames médicos, redução de erros e muito mais.

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Acredito na força da tecnologia sempre aliada à qualidade médica para oferecer produtos e serviços voltados a otimizar o processo de diagnóstico e, assim, reduzir a distância entre sintomas e tratamento dos pacientes. Além de atuar na resolução de uma das principais dificuldades na saúde brasileira: a distribuição desigual de médicos especialistas pelas regiões.

Apesar do aumento de novos profissionais formados, a necessidade de especialistas ainda é grande. Enquanto a média nacional é de 2,38 médicos por 1.000 habitantes, em cidades com população de até 5 mil pessoas, a média cai para 0,37. Esse dado alarmante foi divulgado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), por meio de estudos de Demografia Médica no Brasil.

A tecnologia, então, trata-se de uma solução para reduzir as distâncias na Saúde permitindo que médicos especialistas de grandes centros consigam atuar no diagnóstico de pacientes, mesmo que estejam em localidades distantes. Foi dessa forma que conseguimos ampliar nosso alcance e acelerar o processo de diagnóstico de milhares de pacientes todos os meses. São mais de 500 mil vidas impactadas, em todos os estados brasileiros, a grande maioria em regiões sem acesso à saúde de qualidade, tudo via plataforma de telediagnóstico.

A falta de especialistas em algumas regiões afeta potencialmente aqueles que apresentam um quadro clínico sensível ou de situação crítica, como o das pessoas com doenças cardiovasculares, de natureza tempo-sensível, em que alguns minutos para o tratamento fazem a diferença.

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Unindo tecnologia de ponta e um corpo clínico formado por cardiologistas brasileiros entregamos a hospitais uma solução completa para acelerar o tratamento de doenças do coração. Além da agilidade e da inovação, a solução elimina a possibilidade da equipe hospitalar deixar passar um exame alterado de Eletrocardiograma, acelerando a entrada do protocolo de atendimento do paciente com risco de Infarto Agudo do Miocárdio, dentre outras enfermidades, ajudando a eliminar erros no tratamento e diagnóstico.

Um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares é a hipertensão. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS, 2019), a Hipertensão Arterial Sistêmica é o maior fator de risco para Infarto e AVC. No Brasil, mais de 44 milhões de brasileiros apresentam a doença, conhecida por ser silenciosa: cerca de 50% dos hipertensos não sabem que são. Pensando nisso, trabalhamos no desenvolvimento de uma solução para ajudar a diagnosticar e controlar a doença, passando pela definição do plano de intervenção, acompanhamento e engajamento do paciente, utilizando tecnologia de ponta.

Por fim, deixo a mensagem a respeito da importância de desmistificar o uso da tecnologia na medicina, percebendo a mesma como aliada, capaz de abrir novas portas para resolvermos antigos problemas. Dessa maneira, os profissionais da saúde poderão focar ainda mais no que realmente importa: em ajudar mais pacientes.

*Gustavo Kuster é doutor em Neurologia, Fundador e CEO da Neomed, healthtech brasileira que desenvolveu uma plataforma inteligente e integrada para reduzir a distância entre os sintomas e o tratamento. Kuster é Doutor em Neurologia pela Faculdade de Medicina da USP (FMUSP). Neurologista pela Universidade Federal de São Paulo / Escola Paulista de Medicina (EPM) e Membro do Conselho da ABTMS. Também é membro do conselho editorial do Medscape em português (Neurologia e Inovação) e é membro do Conselho Consultivo na Allm Inc (startup japonesa de saúde).

Notas

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PAHO. The burden of cardiovascular diseases in the Region of the Americas, 2000-2019. Pan American Health Organization. 2021. Link.

SCHEFFER, M. et al., Demografia Médica no Brasil 2020. São Paulo, SP: FMUSP, CFM, 2020. 312 p. ISBN: 978-65-00-12370-8. Link.

 

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