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O poder de olhar para fora

A experiência imersiva em outra cultura tem ganhos imensuráveis para o indivíduo, seja para o profissional ou o empreendedor.

Por Julia Lucidi
Atualização:

Como adultos tendemos a ficar dentro de nossa zona de conforto, onde com um crescimento de dez por cento ao ano já damos um tapinha nas costas. "Compito comigo mesmo", alguns relatam como mantra de crescimento.

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Mas o processo de olhar para fora, provoca uma reflexão cujo efeito é um olhar próprio mais profundo. As áreas neutras, ou até negativas, passam a reluzir com brilho de oportunidade. Enxergamos melhor não somente as fraquezas mas também as fortalezas, que nos fazem únicos como profissionais e como empreendedores.

Ao entender os valores de outra cultura, seus processos e suas inovações, nossos olhos são abertos para coisas que antes pareciam ser vazio de mérito, e junto vem a percepção mais apurada de atributos, produtos e serviços que podemos monetizar em um mercado internacional.

O grau médio de internacionalização de empresas brasileiras tem aumentado de 12,9% em 2006 para 21,6% em 2018, e a tendência é de aumento gradual de 1,0% no grau de internacionalização a cada ano - de acordo com o estudo "Trajetórias FDC de Internacionalização das Empresas Brasileiras", publicado pela Fundação Dom Cabral (FDC).

Ao criar novas referências e conexões, através de experiências imersivas em outras culturas, aumentamos o grau de sucesso no processo de internacionalização. Olhando para fora temos três grandes ganhos: (1) benefícios relacionais, (2) novas formas de ver o processo de gestão e inovação, e (3) a possibilidade de apurar a identificação de oportunidades no mercado internacional.

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Empresas que internacionalizaram com sucesso, como a Zee.Dog e Beleza Natural entenderam que havia excelentes profissionais no mercado americano que se apaixonaram pelo produto/serviço e contribuíram com uma expansão internacional sustentável. A possibilidade de criar novos relacionamentos no mercado Americano, abre valiosas portas de colaboração no processo de acessar novos mercados.

A forma de trabalhar, gerir e inovar é algo que só dá pra compreender trabalhando com a mão na massa juntos. São em momentos de colaboração que enxergamos novas formas de trabalho e temos mais clareza no valor da nossa própria experiência e onde dependemos da contribuição do próximo.

Ao conectar essas duas partes, nossa visão do mundo, e de si, se torna mais complexa e holística. Possibilitando passos estratégicos de alto crescimento e valor para sociedade. Ao achar o ponto certo, o mercado responderá colocando sua empresa no azul, na jornada da internacionalização.

Ao sermos transformados por essas experiências, levamos novas referências do Brasil para o exterior, demonstrando a inovação de ponta que cresce dentro do país que apaixona e atrai profissionais de ponta. E carregamos um novo ponto de vista para problemas antigos, podendo assim contribuir para evolução do nosso próprio país.

*Julia Lucidi, gerente Senior do CIC (Cambridge Innovation Center)

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