A Polícia Federal pediu a condulção coercitiva dos advogado Tiago Cedraz Leite Oliveira e Sérgio Tourinho Dantos, alvos da Operação Abate II, 45ª fase da Lava Jato deflagrada nesta quarta-feira, 23. Tiago é filho do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Aroldo Cedraz. Ele e o sócio são suspeitos de envolvimento em corrupção e lavagem de dinheiro, em contratos da Petrobrás.
O delegado Filipe Hille Pace pediu ao juiz federal Sérgio Moro, dos processos da Lava Jato, em Curitiba, que fossem realizadas ainda buscas em endereços dos dois advogados - e sócios - e o bloqueio de R$ 6 milhões em suas contas. O magistrado deferiu apenas esses dois pedidos, negando a condução coercitiva.
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PF: CONDUZA, BUSQUE E BLOQUEIAs ordens da 45ª fase alcançam ainda a ex-assessora de Cândido Vaccarezza, ex-deputado federal pelo PT de São Paulo, preso no dia 18 de agosto pela primeira fase da Operação Abate. Ontem ele foi solto por ordem de Moro para tratamento de saúde, após pagar fiança de R$ 1,5 milhão. Foram feitas buscas em endereço de Ana Claudia de Paula Albuquerque.
Vaccarezza e o filho do ministro Aroldo Cedraz são suspeitos de recebimento de propinas de contrato da empresa norte-americana Sargeant Marine com a Petrobrás. Paulo Roberto Costa, que recebeu valores do negócio, confessou os crimes em delação premiada. Os lobistas Jorge Luz e Bruno Luz, filho, presos desde o início do ano pela Lava Jato, também admitiram ter participado da contratação.
COM A PALAVRA, TIAGO CEDRAZ
O advogado Tiago Cedraz reitera sua tranquilidade quanto aos fatos apurados por jamais ter participado de qualquer conduta ilícita, confia na apuração conduzida pela Força Tarefa da Lava Jato e permanece à disposição para quaisquer esclarecimentos necessários.