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O 'parquinho' do Eduardo custa caro para o Brasil

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Por Bozzella
Atualização:
Bozzella. FOTO: DIVULGAÇÃO  

Que o filho 03 do presidente, Eduardo Bolsonaro, gosta de brincar de chanceler, todo mundo sabe. O que temos que discutir é o custo da brincadeira em que, só nos últimos trinta dias, tem feito o país se passar por moleque perante ao seu maior parceiro comercial, a China, e ao governo eleito da maior potência mundial, os Estados Unidos.

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Em relação à China, Eduardo se comporta como um verdadeiro filho pródigo do presidente, que não sabe de onde vem o dinheiro que põe comida na mesa dos brasileiros todos os dias. Coube ao embaixador chinês, Yang Wanming, ensinar ao rapaz que é de lá que vem boa parte do nosso sustento via balança comercial, e que, em tempos de penúria causada pela pandemia, são os chineses quem mais investem em nosso país. Aliás, é de se preocupar a falta de senso crítico do deputado juvenil sobre tecnologia, neste caso a 5G, pois a China coloca em órbita um satélite quase todo dia, enquanto aqui deveríamos estar mais preocupados em levar um simples transformador de energia para o Amapá.

Fato é que batem à nossa porta severas consequências econômicas decorrentes dos posicionamentos e ações do deputado Eduardo Bolsonaro. Enquanto o presidente eleito Joe Biden promete sansões econômicas pela brincadeirinha de botar fogo na Amazônia, a China nos deu um passa moleque por causa de um Twitter irresponsável do filho do presidente, que foi obrigado a apagar depois do estrago feito. Isso sem falar dos ataques a primeira dama da França, das acusações levianas de fraude nas eleições dos EUA (e do Brasil) e das interferências indevidas nas questões relacionadas a conflitos no Oriente Médio.

Portanto, se o pai não é capaz de colocar limites ao filho mimado, as instituições democráticas devem faze-lo com o deputado inconsequente, que se comporta a partir da ilusão de que é o verdadeiro dono da bola, e simplesmente não é. A Câmara dos Deputados, que já vem fazendo o papel de tutor deste governo desastrado, deve agir imediatamente no sentido de educar este parlamentar, que tem voto, mas não manda no país, ou pode ser tarde demais.

*Bozzella, deputado federal e presidente estadual do PSL-SP

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