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O papel da mulher em 2021: da Revolução Industrial ao combate à covid-19

Por Célia Parnes
Atualização:
Célia Parnes. FOTO: DIVULGAÇÃO Foto: Estadão

O tema proposto pela ONU Mulheres para este 8 de março, Dia Internacional da Mulher de 2021, "Mulheres na liderança: Alcançando um futuro igual em um mundo de COVID-19", remete a uma reflexão sobre o merecido reconhecimento de todas as mulheres que, em 2020, estiveram na linha de frente da crise da Covid-19 e, mais recentemente, engajaram-se no trabalho pós-pandemia.

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Assistentes sociais, profissionais de saúde, cientistas (incluindo as que sequenciaram o genoma do coronavírus em 48 horas), administradoras, servidoras públicas, profissionais liberais, donas de casa tiveram grande espaço e formaram a rede feminina encadeada em uma grande corrente para que a vida pudesse manter seu fluxo, embora de forma adaptada, em um ano tão atípico como 2020. No Brasil, 63% das vagas de emprego consideradas de grande risco em relação à Covid-19 são preenchidas por mulheres e elas representam 43% da força de trabalho do País, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Impossível não relembrar, neste momento, as origens da data escolhida para a celebração do 8 de março e suas raízes históricas, principalmente o incêndio ocorrido em Nova York, em março de 1911, na Triangle Shirtwaist Company, quando 146 trabalhadores morreram, dos quais 125 mulheres e 21 homens, trazendo à tona as más condições enfrentadas por mulheres na Revolução Industrial.

Desde então, trechos íngremes e tortuosos fizeram parte da trilha que as mulheres tiveram de percorrer em busca da almejada equidade. As participações plenas e efetivas na vida pública, em cargos e funções de grande vulto, na tomada de decisões, no comando dos lares, conquistando espaços e no engajamento pela garantia de direitos.

Apesar de todo esse avanço, os registros de aumento da violência contra a mulher, especialmente durante a pandemia, acendem o sinal de alerta e fazem com que os esforços se voltem também para esses casos. Neste contexto, a Secretaria de Desenvolvimento Social dispõe do Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos (PAEFI), principal canal da Proteção Especial de Média Complexidade, que atende mulheres vítimas de violência no Sistema Único de Assistência Social.

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Líderes ou não, com mais ou menos conhecimentos ou habilidades, existem evidências de que as mulheres ocupam cada vez mais espaços anteriormente destinados unicamente aos homens. O que a pandemia da Covid-19 nos revelou foi que os esforços de reposta das mulheres diante de um obstáculo podem ser incrivelmente grandes, ágeis e que, gradualmente, mostramos que as experiências, perspectivas e habilidades femininas contribuem para a construção de uma sociedade em que decisões, políticas públicas e leis funcionem da mesma maneira para todos.

*Célia Parnes, secretária de Desenvolvimento Social do Estado de São Paulo

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