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O 'novo normal' nos eventos corporativos

Por Richard Deak
Atualização:
Richard Deak. FOTO: DIVULGAÇÃO Foto: Estadão

O setor de feiras e eventos no Brasil foi um dos mais afetados pela pandemia do novo coronavírus (covid-19). Praticamente de um dia para o outro, o segmento sofreu com quase duas mil alterações, entre adiamentos, cancelamentos e suspensões. Sem uma previsão objetiva de retorno das atividades, os responsáveis precisarão estar atentos às diversas recomendações sanitárias e a insegurança do público para se prevenir e evitar o contágio.

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Neste novo cenário mundial, surge a necessidade urgente de buscar alternativas para criar-se o "novo normal" em feiras empresariais e eventos corporativos.

Basta observar para o que temos à disposição e que, até o momento, não eram exploradas de forma mais consistente, como o streaming e realidade virtual. Um exemplo disso é como as escolas, faculdades e universidades adotaram as videoaulas para cumprir o cronograma estudantil e não impactar negativamente a vida acadêmica dos estudantes.

Pesquisa recente da Feiras do Brasil aponta que cerca de 145 feiras e eventos empresariais deste ano já adotaram o formato online para continuarem ativos. Outro fator que evidencia essa tendência são as lives em plataformas de vídeos realizadas por grandes artistas brasileiros, que viram a oportunidade de se manterem próximos ao seu público e honrar os compromissos com patrocinadores.

Nos últimos anos, a tecnologia já permitiu que os eventos se aprimorarem com novidades até antes impensadas, como simuladores, exposições digitais por telas interativas, conhecer um ambiente por realidade virtual, ou até mesmo saber mais sobre as histórias das empresas por meio de QR Code e realidade aumentada nos smartphones.

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Mesmo com tudo isso, ainda fica uma pergunta instigante: como será o "novo normal"?

O público existe e irá onde o evento estiver. Se houver conteúdo relevante e importante, mesmo que online, muitas pessoas irão acompanhá-lo por meio do computador ou do smartphone. Com os recursos tecnológicos que temos hoje, é impossível pensar que o público se limitará às barreiras físicas para acompanhar o que lhe é interessante. Dito isso, é possível acreditar que mais pessoas serão impactadas, pois, pelo digital, não há barreiras que impeçam o público de visitar um bom evento.

É preciso pensar em como torná-lo atraente e relevante, sobretudo em um cenário de incerteza. Se os produtores inovarem, é possível sim imaginar que o futuro que pensávamos estar distante, chegou mais cedo para todos. E, com isso, a inovação trará o público ainda mais para próximo de nós e de nossos eventos.

*Richard Deak é sócio-diretor da RD Play

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