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O novo normal

Por Márcio Massao Shimomoto
Atualização:
Márcio Massao Shimomoto. FOTO? DIVULGAÇÃO Foto: Estadão

Estamos vivendo uma situação bastante peculiar e que certamente vai ocupar páginas da nossa história. A economia encontra-se fragilizada por conta da pandemia, destaco o Estado de São Paulo, que desde 24 de março, manteve apenas serviços essenciais abertos ao público, começando só agora, quase 4 meses depois, a reabrir outros comércios e serviços. A paralisação foi geral em todo país, aliás no mundo todo.

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Serviços como cabeleireiros, academias, bares, restaurantes, lojas de produtos não essenciais, shoppings, lazer, eventos entre outros, tiveram as atividades suspensas. Neste período, estas empresas perderam faturamento, e com a retomada gradual das atividades terão que fazer um esforço redobrado para se restabelecerem.

De imediato as empresas buscaram soluções para manter as operações de suas empresas, como o home-office, um estilo de trabalho que obrigou gestores e colaboradores a se ajustarem da noite para o dia. Vale ressaltar que este estilo de trabalho exige planejamento e já é previsto que a maioria das empresas o adotem de forma definitiva ou parcial daqui para frente. E surge uma questão importante que deve ser repensada: até que ponto será saudável para os colaboradores o fim do convívio organizacional?

O governo disponibilizou medidas de ajuda econômica para micro e pequenas empresas, visando resguardar empregos, pagamentos de salários e o caixa. Outra medida foi o adiamento de tributos como PIS, PASEP, Cofins, Simples Nacional e FGTS sem juros e mora, no período de três meses. Para dar fôlego financeiro às empresas, os bancos prorrogaram de 60 para 180 dias os vencimentos de dívidas, isto para os adimplentes e com contrato já vigentes. De imediato, estas ações trouxeram um alívio, mas com as atividades suspensas e uma economia incerta, fica a dúvida de como superar esta crise.

Os empresários, diante das exigências do governo para contrair financiamentos e como contrapartida não dispensar seus funcionários, decidem abrir mão deste financiamento, pois existe a dúvida de como manter uma folha de pagamento se a empresa tem um baixo faturamento. Então, surge a necessidade de inovação, seja com a criação de um novo produto, a criação de um método de produção ou comercialização e até a abertura de novos mercados.

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Os empresários devem buscar soluções para garantir a sobrevivência dos seus negócios e claro manter o emprego de seus colaboradores, afinal já estamos com um alto índice de desemprego no país e cogita-se o aumento deste número até o final deste ano, estima-se em 13,8 milhões de desempregados.

Importante mencionar que as empresas contábeis também sofreram reflexo negativo com a pandemia, é um momento difícil de conciliar custos e benefícios. As empresas contábeis têm papel fundamental neste cenário, buscando soluções e estratégias cabíveis para cada negócio, e claro minimizando ao máximo os prejuízos causados pela pandemia. A carga tributária brasileira é um fator que causa um peso muito grande para as empresas, tornando essencial um planejamento eficiente, momento que a presença de um contador é vital para os negócios. 

Este momento de muita cautela para as empresas, a necessidade   de ações corretas e imediatas são primordiais, estamos iniciando o "novo normal", um novo padrão que possa garantir a sobrevivência das empresas. Tudo passa!

*Márcio Massao Shimomoto, CEO da King Contabilidade e presidente do Instituto Fenacon

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