A procuradora-geral da República Raquel Dodge prevê 'trabalho cotidiano e extenuante' pela frente. Primeira mulher no cargo, ela tomou posse nesta segunda-feira, 18, na cadeira que foi ocupada durante quatro anos por Rodrigo Janot, que não foi à cerimônia.
"No ofício que ora assumo, o trabalho será cotidiano e extenuante. Precisaremos da ajuda de todos os membros e servidores do Ministério Público, pois a grandeza dessa nação tem sido construída de modo árduo e aprendemos que o caminho que leva à liberdade e à integridade tem obstáculos que só podem ser superados com resiliência e coragem."
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Raquel ficou em segundo lugar na lista tríplice da eleição ao cargo, atrás do subprocurador-geral da República Nicolao Dino, preferido de Janot, mas foi indicada pelo presidente Michel Temer (PMDB). A eleição é tradicionalmente promovida pela Associação Nacional dos Procuradores da República. No Senado, ela teve aprovação de 74 senadores.
Dodge integra o Ministério Público Federal há três décadas e chegou a liderar as investigações, por exemplo, da Operação Caixa de Pandora, que mirou o 'Mensalão do DEM', e prendeu o ex-governador José Roberto Arruda, enquanto exercia o cargo, em 2009.
"No ofício que ora assumo, o trabalho será cotidiano e extenuante. Precisaremos da ajuda de todos os membros e servidores do Ministério Público, pois a grandeza dessa nação tem sido construído de modo árduo", afirmou a nova-procuradora-geral.