Os empresários Vinicius Veiga Borin, Luiz Augusto França e Marcos Pereira de Sousa Bilinski, novos delatores da Operação Lava Jato, vão pagar R$ 3 milhões em multa. Cada delator vai recolher R$ 1 milhão.
Em um primeiro depoimento, Vinicius Borin afirmou que a Odebrecht tinha um banco para pagar propina no exterior. Segundo o executivo, o Meinl Bank Antigua, supostamente da empreiteira, movimentou pelo menos US$ 1,6 bilhão.
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Segundo os procuradores da Lava Jato, o "acordo foi celebrado com a finalidade de obtenção de provas no interesse das investigações decorrentes da denominada Operação Lava Jato, sobretudo para o desvelamento de agentes e partícipes responsáveis, estrutura hierárquica, divisão de tarefas e rimes praticados por organizações criminosas envolvidas em crimes de corrupção e lavagem de ativos, tendo como principal vítima a Petrobrás".
A Procuradoria havia pedido na sexta-feira, 17, a homologação dos acordos de delação dos três. Na ocasião, a força-tarefa da Lava Jato anexou aos autos o depoimento de Vinicius Borin e os três termos dos acordos de colaboração premiada, com as cláusulas que os executivos deverão cumprir.
Durante audiência na tarde desta segunda-feira, 20, Sérgio Moro suspendeu os depoimentos dos três empresários que estavam marcados para a quarta-feira, 22. A suspensão dos depoimentos dos executivos foi pedida pela defesa de Luiz Eduardo da Rocha Soares, ligado à Odebrecht, até que sejam finalizados os depoimentos e homologados os acordos de colaboração.
"Concedo ao Ministério Público Federal prazo até 25 de julho para colheita dos depoimentos no acordo de colaboração dos três e sua apresentação em Juízo, juntamente com gravação dos áudios vídeos pertinentes", determinou o juiz da Lava Jato.