"Nossa família foi exposta ao ridículo", desabafou Bruno Cunha Lima (Solidariedade) prefeito de Campina Grande, cidade a 120 quilômetros de João Pessoa, em publicação compartilhada nesta quarta-feira, 9, no Instagram. O pronunciamento do gestor faz referência ao vídeo viralizado na internet da sogra dele cheirando cocaína. O registro íntimo foi divulgado na semana passada e alcançou a marca dos assuntos mais comentados do Twitter. Desde então, o chefe do executivo municipal ainda não havia se manifestado sobre o assunto. "Vivemos alguns dos piores dias da nossa vida", escreveu.
Bruno afirmou que a repercussão representou para a família um "escárnio público" e que os ataques foram feitos "intencionalmente". Ele também declarou que o vídeo foi utilizado para afrontar os cristãos e a igreja. No texto, o prefeito citou passagens bíblicas e lamentou que "ao invés de estender a mão para ajudar, essas mesmas mãos trabalharam para apedrejar quem já havia caído".
"Não temos nada a esconder", reiterou o gestor. Ele ainda explicou que o episódio havia abalado a esposa Juliana Cunha Lima - que espera o primeiro filho do casal -, por não manter contato com a mãe há mais de dez anos e "por ver a mãe em uma situação tão delicada". A primeira-dama de Campina Grande também se manifestou através de um post no Instagram.
Ela disse que a família está sendo vítima de cyberbullying e que deixou de viver com a mãe aos 16 anos por causa de uma "situação autodestrutiva". "Por exposições muito menores, as pessoas tiram suas próprias vidas", escreveu. Juliana informou que ela e o marido não devem ser responsabilizados pelos atos alheios. "Cada um é responsável por suas escolhas e também por suas consequências, sejam elas boas ou ruins".
No vídeo, Soraya Brito cheira cocaína em uma nota de cem reais sobre as nádegas de outra mulher. A reportagem do Estadão não conseguiu contato com a sogra do prefeito paraibano.
COM A PALAVRA, O PREFEITO BRUNO CUNHA LIMA
A reportagem do Estadão entrou em contato com a assessoria do prefeito por e-mail, mas até a publicação deste texto não houve retorno. O espaço está aberto para manifestação (jayanne.rodrigues@estadao.com).