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#NãoValeTudo nas eleições de 2018

Em carta, 28 organizações da sociedade civil se unem por boas práticas para o uso da internet nas eleições do próximo ano

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Foto do author Fausto Macedo
Foto do author Julia Affonso
Por Fausto Macedo e Julia Affonso
Atualização:

 Foto: Filipe Araújo/Estadão

Organizações e movimentos da sociedade civil assinaram uma carta-manifesto na qual propõem um 'grande pacto nacional' pelo uso ético da tecnologia por partidos, campanhas e candidatos nas eleições de 2018. O lema das 28 entidades que subscrevem o documento é #NãoValeTudo.

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No próximo ano, o País, assolado por sucessivos escândalos de corrupção e malfeitos, vai eleger seu novo presidente. Os eleitores vão às urnas também para escolher governadores, deputados federais e estaduais e senadores.

No manifesto, as 28 organizações da sociedade civil apontam para as 'diferentes maneiras' pelas quais as tecnologias podem ser usadas.

"Ao mesmo tempo que podem fazer com que nossas conexões e possibilidades se ampliem, percebemos que determinados usos podem prejudicar a nossa capacidade de nos informar, debater e exercer a nossa cidadania. São usos antiéticos e desonestos que manipulam o debate, desinformam o público e causam desequilíbrios e ruído no debate político democrático", afirmam as entidades.

O documento faz cinco propostas: a não-tolerância da produção e disseminação de notícias falsas (Fake News); a transparência no uso de tecnologias para fins eleitorais, como robôs (perfis não humanos) na internet; a defesa da liberdade de expressão e crítica dos cidadãos, desde que responsabilizados por suas falas; transparência sobre o uso e as fontes de dados pessoais dos cidadãos; e proibição do roubo ou compra de dados pessoais dos cidadãos por meio de terceiros.

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Em nota, as entidades afirmam estar em busca da construção de 'um grande pacto nacional pelo uso ético das tecnologias no contexto eleitoral, buscando a adesão de partidos e candidatos aos princípios estabelecidos na carta'. O objetivo é também 'articular os diversos atores envolvidos no processo eleitoral, como o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as grandes empresas de tecnologia, organizações e movimentos da sociedade civil, para garantir que sejam aplicadas as regras já existentes para controlar a forma como os partidos e candidatos utilizam a internet, e que sejam construídas propostas e ações concretas para banir as práticas antiéticas e desonestas nas eleições de 2018'.

Veja as organizações que assinam a carta #NãoValeTudo:

o Acredito o Agência Lupa o Agora! o Aos Fatos o AppCívico o Bancada Ativista o CIVI-CO o Data Labe o Fundação Avina o Fundação Cidadania Inteligente o Instituto Alana o Instituto Cidade Democrática o Instituto Construção o Instituto Ethos o Instituto Update o Internet sem fronteiras o InternetLab o IT&E (Instituto Tecnologia e Equidade) o Labhacker o Labic o #MeRepresenta o Movimento Transparência Partidária o NÓS o Olabi o Open Knowledge Brasil o Quero Prévias o RAPS o Um a mais

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