BRASÍLIA - Alvo de 11 investigações, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) elogiou nesta quarta-feira o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli, que propôs ampliar a restrição do foro privilegiado de julgamento para todas as autoridades do Executivo, Legislativo, Judiciário e Ministério Público.
+ Tribunal põe Capez no banco dos réus da Máfia da Merenda
"Quero cumprimentar a posição corajosa do ministro Dias Toffoli. Todo mundo tem de se submeter a investigação, o Ministério Público e o Judiciário também, sobretudo quando pairam dúvidas sobre suas atuações. Não vão investigar o Janot?", provocou Renan, numa referência ao ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, um de seus algozes na Lava Jato. "E o Miller?", continuou, em alusão ao procurador da República Marcelo Miller, pivô da crise que culminou com a suspensão do acordo de delação de executivos da J&F e com a prisão de Joesley Batista.
+ 'Vamos continuar a luta', diz Sepúlveda sobre derrota de Lula no STF
Toffoli encaminhou nesta quarta um ofício à presidente do Supremo, Cármen Lúcia, apresentando duas propostas de súmula vinculante à decisão da Corte que, na semana passada, restringiu o foro de deputados federais e senadores apenas para crimes ocorridos durante o mandato. No documento, o magistrado sugere que a medida seja estendida a todas as autoridades.
+ STF confirma liminar de Barroso por migração de parlamentares para novos partidos
No mês passado, Renan divulgou um vídeo nas redes sociais ironizando Janot e o comparando ao personagem Simão Bacamarte do clássico "O Alienista", de Machado de Assis. Disse que, após ameaçar se candidatar a uma vaga no Conselho Superior do Ministério Público "para vigiar Rachel Dodge", Janot recuou. "Rosnou, depois miou. E me ataca, culpando-me pela renúncia", afirmou o senador no vídeo. "Janot parece cada vez mais com Simão Bacamarte (...). Depois de internar a cidade inteira, descobriu que o louco era ele e se recolheu ao asilo."
+ Promotor critica 'indevida avocação' de Smanio no inquérito de Alckmin