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Mulher: uma conquista a cada dia

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Por Emília de Castro Belo
Atualização:
Emília de Castro Belo. FOTO: DIVULGAÇÃO Foto: Estadão

Entrada no mercado de trabalho, independência financeira, direito político, liberdade sexual. Essas são algumas conquistas da mulher moderna. Mas será que isso basta? Acho que não, pois essas vitórias e os obstáculos do dia a dia parecem andar juntinhos, como por exemplo, conciliar a vida profissional com a familiar e ainda priorizar as atividades profissionais; desempenhar plenamente os papéis, como o de mãe, profissional, dona de casa e ainda ser uma esposa exemplar; e etc.

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Vale dizer que tudo começou no dia 28 de fevereiro de 1909, nos Estados Unidos, quando mulheres foram para as ruas para reivindicar por seus direitos. Já naquela época, havia muitas denúncias de más condições de trabalho em fábricas formadas essencialmente pelo sexo feminino. Era nítido, que os privilegiados que tinham melhores condições, eram os homens, com cargo de chefia.

Com as reivindicações do Movimento Feminista, especialmente a partir da década de sessenta do século XX, as mulheres conseguiram inúmeras conquistas, ou seja, mesmo não evitando a desigualdade entre os sexos, diminuíram consideravelmente as diferenças.

As profissões importantes e de prestígio, à época, eram muito menos associadas a nomes femininos do que são atualmente. Com acesso negado aos estudos e ambientes intelectuais durante séculos, a primeira mulher a alcançar um diploma de ensino superior o conquistou estudando sozinha, e não dentro das salas de aula. A heroína foi a filósofa italiana Elena Lucrezia Piscopia Cornaro, que reclamou este direito acredite, apenas em 1678.

Foi apenas no início do Século XX que as mulheres de classe média começaram a atuar nas empresas, preenchendo funções de auxiliar, como secretárias. Aos poucos, elas foram ganhando espaço no mercado de trabalho, bem como sua inserção na política. Além disso, as mudanças na economia, a globalização e o capitalismo, trouxeram como consequência a busca pelo aumento da renda familiar, favorecendo o crescimento das mulheres dentro das empresas.

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Diante do atual cenário, mediante o surgimento da pandemia em decorrência do novo coronavírus, a vida de muitas mulheres virou pelo avesso. De acordo com a pesquisa Mulheres na pandemia, realizada pela Gênero e Número, 50% das mulheres no Brasil passaram a ser cuidadoras de alguma pessoa, sendo que 16% delas foram prejudicadas em suas finanças por conta desse fato.

Mas no Dia Internacional da Mulher, que se comemora no dia 8 de março, temos também que destacar as coisas boas: direito de expressão, direito ao voto, direito de escolher ter ou não filho, direito de tomar as próprias decisões. O resultado desse mix positivo foram as transformações ideológicas e psicológicas nas novas gerações.

A mulher tem a capacidade de sempre encontrar equilíbrio entre a sua carreira e a vida familiar. Ela sabe dividir e diferenciar o que é trabalho e o que é lazer encontrando uma nova forma de viver bem na sociedade. Que assim seja!

*Emília de Castro Belo, administradora de empresa, sócia- fundadora da Aspen Investimentos

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