A ex-primeira-dama Marisa Letícia, mulher do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi internada nesta terça-feira, 24, no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC). Ela foi submetida a um cateterismo, mas seguia em estado grave, segundo avaliação de médicos.
O cardiologista Roberto Kalil Filho, médico da família do ex-presidente, afirmou que Marisa teve um aneurisma, uma dilatação na artéria do cérebro seguida de um rompimento e do sangramento.
O médico disse também que a ex-primeira-dama chegou consciente ao hospital, acompanhada por Lula e outros familiares. "O estado de saúde a gente não sabe ainda, mas é sempre delicado diante de um AVC", disse Kalil. Segundo ele, o cateterismo foi bem-sucedido e estancou o sangramento.
Após o procedimento, que durou cerca de 2 horas, Marisa foi levada para a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), onde ficaria sedada e em observação. Segundo médicos que a atenderam, seria necessário aguardar até 48 horas para ter um diagnóstico mais preciso sobre sua recuperação e se houve alguma sequela.
Tomografia. O incidente ocorreu por volta de 15h15 desta terça, quando Marisa estava no apartamento onde reside, em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, e sofreu um sangramento cerebral.
Inicialmente ela foi atendida no pronto-socorro do Hospital Assunção, no município, onde foi medicada e submetida a uma tomografia que constatou a ocorrência de um AVC.
Dada a gravidade do quadro, foi removida para o Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.
Segundo pessoas próximas, ela tem histórico de pressão alta e, há cerca de dez anos, teve um aneurisma cerebral diagnosticado. Na época, os médicos e a família acharam melhor não intervir porque, em tese, por ser muito pequeno, não haveria risco.
Um novo boletim médico será divulgado nesta quarta-feira, 25, pela manhã.
"A vida tem sido muito difícil, não é fácil a vida de mulher de ex-presidente", disse o presidente do Instituto Lula Paulo Okamotto, que acompanhou Marisa no hospital. O ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha também esteve no Sírio-Libanês.