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MP em Mato Grosso do Sul abre operação contra advogados sob suspeita de ligação com célula do PCC

Investigação diz que profissionais abusaram das prerrogativas para transmitir recados de traficantes presos; OAB-MS criou comissão especial para acompanhar inquérito

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Por Redação
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Rotina de revistas vexatórias e agressões a presos em Alcaçuz é semelhante à Abu Ghraib, dizem peritos Foto: Luiz Silveira/Agência CNJ

O Ministério Público de Mato Grosso do Sul abriu nesta sexta-feira, 25, a Operação Courrier para aprofundar uma investigação sobre suspeitas de associação entre advogados e membros da facção criminosa 'Sintonia dos Gravatas', célula do Primeiro Comando da Capital (PCC).

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As investigações conduzidas pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) indicam que advogados usam o acesso reservado a traficantes presos para levar recados a membros da organização criminosa fora da cadeia.

Ao todo, foram cumpridos 38 mandados judiciais de prisão e busca e apreensão nas cidades de Campo Grande, Dourados, Jardim e Jaraguari. Entre os alvos estão seis advogados, um servidor do Poder Judiciário, um servidor da Defensoria Pública e um policial penal.

De acordo com o MP, houve participação do grupo investigado inclusive no planejamento de atentados contra um promotor e um juiz da capital.

A seccional da Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso do Sul (OAB-MS) acompanhou a operação. A OAB também criou uma comissão especial para monitorar o caso.

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"A OAB/MS sempre pautou-se pela ética profissional, não coadunando com qualquer conduta ilícita, ainda mais quando se refere à advocacia. O caso também será analisado pelo Tribunal de Ética e Disciplina, sempre obedecidos o contraditório e a ampla defesa", informou a entidade.

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