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Morre coronel Ustra, ex-chefe de órgão de repressão da ditadura

Apontado pelo Ministério Público Federal como torturador do DOI-Codi, nos anos 70, Carlos Alberto Brilhante Ustra morreu nesta madrugada em Brasília, vítima de complicações cardíacas

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Por Fausto Macedo
Atualização:

Coronel Ustra Foto: Dida Sampaio / Estadão

Atualizada às 11h57

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O coronel reformado do Exército Carlos Alberto Brilhante Ustra, apontado pelo Ministério Público Federal como torturador do DOI-CODI (Destacamento de Operações de Informações-Centro de Operações de Defesa Interna), nos anos 70, morreu nesta madrugada em Brasília, vítima de câncer e complicações cardíacas, aos 83 anos.

Segundo seu advogado Paulo Esteves, "Ustra estava muito mal há mais de 30 dias, internado em Brasília". Esteves informou que, em razão dos efeitos da quimioterapia, o militar 'ficou muito enfraquecido'.

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A morte de Ustra encerra um dos capítulos mais emblemáticos da repressão nos anos de chumbo no País.

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Ustra comandou o Doi-codi entre 1971 e 1974. Nos últimos anos, procuradores da República em São Paulo vinham tentando processa-lo por tortura e morte de vários militantes que foram encarcerados nas dependências daquela unidade militar do antigo II Exército em São Paulo.

Paulo Esteves, defensor do coronel, sustenta que agora com a morte de Ustra, 'todos os processos contra ele, pura e simplesmente acabam'.

"Ele morreu sem ter sido condenado nunca."

O advogado destacou que uma decisão liminar do Supremo Tribunal Federal suspendeu todas as ações propostas pelo Ministério Público Federal contra o ex-chefe do DOI-CODI. "A Corte assim decidiu por causa da Lei da Anistia."

 

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