O ministro Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública) almoçou nesta quinta, 16, no bandejão do Palácio do Planalto. À saída, ele esquivou-se do cerco dos jornalistas que o indagaram sobre o adiamento do juiz de garantias, por decisão do presidente do Supremo, Dias Toffoli.
'A comida aqui é boa, viu ó gente.'
Moro recomendou. 'Dá prá vir toda hora.
Em sua página no Twitter, o ministro postou. "Surpreendido e cercado no bandejão do Planalto pela grande imprensa, fui forçado a revelar um dos segredos do sucesso do atual Governo."
Nesta quarta, 15, Moro já se havia manifestado na rede social sobre a decisão de Toffoli. "Embora eu seja contra o juiz de garantias, é positiva a decisão do ministro Dias Toffoli de suspender, por seis meses, a sua implementação."
Na avaliação do ministro da Justiça, 'haverá mais tempo para discutir o instituto, com a possibilidade de correção de, com todo respeito, alguns equívocos da Câmara'.
Ao abordar outro aspecto da decisão do presidente do STF, Moro anotou. "Positivo também o entendimento de que o instituto do juiz de garantia não seria aplicável em determinados processos (de competência originária dos Tribunais, Júri, Eleitoral e violência doméstica)."
Segundo o ex-juiz da Lava Jato 'é ainda muito positiva a suspensão, sem prazo, do §5.º do art. 157 do Código de Processo Penal, que na prática é de aplicação inviável'.
"Não tem como afastar do julgamento o juiz que fez toda a instrução, que conhece o caso, só porque teve contato com alguma prova ilícita e que excluiu do feito."