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Moro manda PF investigar caso 'Hélio Negão'

Em ofício ao diretor-geral em exercício da Polícia Federal, delegado Disney Rossetti, ministro da Justiça pondera sobre 'aparente inclusão fraudulenta' do nome do deputado federal Hélio Negão, amigo de Bolsonaro, em inquérito

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Foto do author Fausto Macedo
Foto do author Pepita Ortega
Por Fausto Macedo e Pepita Ortega
Atualização:

Sergio Moro: 'Claro que é necessário coibir o abuso de poder, mas tem que tomar muito cuidado com a dose'. Foto: José Cruz/Agência Brasil

O ministro Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública) mandou a Polícia Federal investigar suposta inclusão fraudulenta de um homônimo do deputado Hélio Negão (PSL/RJ) em inquérito sobre crime previdenciário. Por meio do ofício 1841, desta segunda, 9, encaminhado ao diretor-geral em exercício da PF, delegado Disney Rossetti, o ministro determina 'a imediata apuração dos fatos no âmbito administrativo e criminal, com a identificação dos responsáveis'.

Documento

O ofício

A informação sobre a ordem de Moro foi divulgada pelo site O Antagonista e confirmada pela reportagem do Estadão.

O deputado Hélio Negão (PSL-RJ) e o presidente Jair Bolsonaro. Foto: Reprodução / Instagram

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A inclusão forjada de um homônimo de Hélio Negão no inquérito teria sido o estopim da crise que derrubou o superintendente da PF no Rio, delegado Ricardo Saadi.

Amigo do presidente Jair Bolsonaro, o deputado não é alvo da investigação. Em agosto, o presidente criticou publicamente Saadi, atribuindo ao delegado problemas de 'produtividade'.

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No despacho dirigido a Rossetti, o ministro da Justiça faz menção à nota publicada no Painel da Folha, na segunda, 9 ('investigado no Rio seria homônimo de deputado amigo de Bolsonaro').

"Diante da notícia publicada da aparente inclusão fraudulenta do nome do deputado federal Hélio Negão em inquérito que tramita perante a Polícia Federal do Rio de Janeiro e que teria por objeto condutas de pessoa com o mesmo apelido, isso, segundo a matéria, com o aparente intuito de manipular o Governo Federal contra a Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro, determino a imediata apuração dos fatos no âmbito administrativo e criminal, com a identificação dos responsáveis", destacou Moro.

Ele pede a Rossetti que o mantenha informado sobre os desdobramentos da investigação.

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