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Moro diz que pediu lei para garantir pensão à sua família se fosse assassinado pelo crime organizado

O ex-ministro diz que a ‘concessão dependeria de lei nova, e teve presente o fato da perda de 22 anos de contribuição previdenciária durante o exercício da magistratura’

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Por Luiz Vassallo e Fausto Macedo
Atualização:

O ex-juiz Sérgio Moro foi declarado suspeito pelo STF no processo do triplex que levou Lula à prisão. Foto: Dida Sampaio/Estadão

O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, afirmou ao Estado que a 'pensão' mencionada quando concedeu sua entrevista coletiva de despedida da pasta foi um pedido feito quando recebeu convite para o cargo, para que, caso fosse assassinado pelo crime organizado, sua família 'não ficasse desamparada'.

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Na entrevista desta sexta, 24, Moro afirmou. "Pedi apenas que, já que nós íamos ser firmes contra a criminalidade, especialmente a criminalidade organizada, que é muito poderosa, que se algo me acontecesse, pedi que a minha família não ficasse desamparada sem uma pensão. Foi a única condição que eu coloquei para assumir essa posição específica no Ministério da Justiça".

A menção foi criticada por oposicionistas. O deputado federal Rui Falcão (PT) pediu que a fala do ministro fosse investigada pela Procuradoria-Geral da República.

Ao Estado, Moro afirmou que foi 'uma solicitação genérica de pensão' para sua família 'caso fosse assassinado no combate ao crime organizado'.

O ex-ministro diz que a 'concessão dependeria de lei nova, e teve presente o fato da perda de 22 anos de contribuição previdenciária durante o exercício da magistratura'.

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"Ainda que seria, como Ministro da Justiça, duro como nunca contra organizações criminosas". O pedido foi feito, segundo Moro, quando foi oferecido a ele o ministério.

O Estado entrou em contato com a assessoria de imprensa do Ministério da Justiça, que não se manifestou sobre se a pensão está prevista no orçamento da pasta. A assessoria do governo Jair Bolsonaro também não comentou se levou à diante o pedido de Moro.

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