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Moro condena filhas e genro de delator da Lava Jato por embaraço de investigação

Sentença do juiz substituiu pena por prestação de serviço

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Por Julia Affonso
Atualização:

Costa é o primeiro delator da Lava Jato. Foto: Dida Sampaio/Estadão

O juiz federal Sérgio Moro condenou as duas filhas do ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás Paulo Roberto Costa, delator da Operação Lava Jato, e um genro por embaraço de investigação de organização criminosa. Arianna Azevedo Costa Bachmann pegou dois anos e quatro meses de reclusão e Shanni Azevedo Costa Bachmann, um ano e oito meses. Ambas tiveram as penas privativas de liberdade substituídas por restritiva de direito - prestação de serviços comunitários a entidade pública ou beneficente

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O magistrado impôs a Márcio Lewkowicz, genro de Paulo Roberto Costa, dois anos e quatro meses de reclusão. Lewkowicz também teve a pena substituída por prestação de serviço.

A sentença de Moro foi publicada na sexta-feira, 24. A acusação formal do Ministério Público do Paraná foi recebida em 29 de abril de 2014.

Segundo a denúncia, na manhã de 17 de março de 2014, na deflagração da 1.ª fase da Lava Jato, enquanto a Polícia Federal cumpria mandado de busca e apreensão na residência do ex-diretor da Petrobrás, Arianna, Márcio e Shanni foram foram à empresa Costa Global Consultoria, de Paulo Roberto Costa e 'removeram diversos documentos, dispositivos eletrônicos e dinheiro, que interessavam à investigação'.

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"Os acusados teriam acatado solicitação de Paulo Roberto Costa, que pretendia antecipar-se às diligências policiais no seu escritório, removendo provas que poderiam incriminá-lo", relatou o juiz Moro na condenação.

Arianna Azevedo Costa Bachmann, Shanni Azevedo Costa Bachmann e Márcio Lewkowicz fecharam acordo de delação durante o processo.

COM A PALAVRA, A DEFESA

A reportagem fez contato com a defesa dos condenados. O espaço está aberto para manifestação.

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