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Moro autoriza depoimento de ministro de Temer como testemunha da mulher de Cunha

Maurício Quintella (Transportes) e também três deputados aliados do ex-presidente da Câmara vão falar pela defesa de Cláudia Cruz em ação penal da Lava Jato

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Por Julia Affonso , Ricardo Brandt e enviado especial a Curitiba
Atualização:
 Foto: Estadão

O juiz federal Sérgio Moro, que conduz as ações da Operação Lava Jato, autorizou o depoimento do ministro dos Transportes do governo Temer, Maurício Quintella (PR-AL), e dos deputados Hugo Motta (PMDB-PB), Carlos Marun (PMDB-MS) e Jovair Arantes (PTB-GO), aliados do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

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A DECISÃO DE MORO

O ministro e os parlamentares vão falar como testemunhas de defesa da jornalista Cláudia Cruz, mulher de Cunha, em ação penal na Operação Lava Jato.

"Quanto às testemunhas Hugo Motta, Carlos Marum, Maurício Quintella e Jovair Arantes, reputou imprescindível à tomada de depoimentos orais. Em que pese o posicionamento já esposado por este Juízo, diante da manifestação da Defesa, e a bem da ampla defesa, resolvo deferir a oitiva dos quatro parlamentares acima listados", determinou Moro.

A mulher de Cunha é acusada de ter evadido dinheiro e lavado US$ 1 milhão provenientes de crimes praticados pelo ex-presidente da Câmara no esquema de corrupção na Petrobrás. Cláudia foi denunciada por lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

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Parte da tropa de choque do Eduardo Cunha na Câmara, Hugo Motta, ex-presidente da CPI da Petrobrás, e Jovair Arantes, relator do processo de impeachment na Comissão da Casa, não compareceram à votação da cassação do marido de Cláudia.

Cunha teve o mandato cassado em 12 de julho por 450 votos favoráveis, 10 contrários e 9 abstenções. Carlos Marun votou contra a cassação de Cunha e acompanhou o ex-parlamentar peemedebista durante a votação na Câmara.

A Justiça Federal no Paraná colocou quatro datas (26 de setembro, 28 de setembro, 5 de outubro ou 6 de outubro) disponíveis para as testemunhas de Cláudia.

Na sexta-feira, 16, Hugo Motta solicitou o agendamento de seu depoimento para entre os dias 10 e 20 de novembro.

O parlamentar alegou que está 'impossibilitado de marcar em uma das datas propostas, pois devido ao período eleitoral tem uma agenda extensa de compromissos no Estado da Paraíba'.

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Carlos Marun informou que pode prestar depoimento em 5 de outubro na Justiça Federal do Distrito Federal. Maurício Quintella se dispôs a falar em 6 de outubro. Até o fechamento desta matéria, Jovair Arantes ainda não tinha respondido à Justiça Federal.

Também são acusados nesta ação penall Jorge Luiz Zelada, ex-diretor da Área Internacional da estatal petrolífera, pelo crime de corrupção passiva; João Augusto Rezende Henriques, operador que representava o PMDB no esquema, por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas; e Idalecio Oliveira, empresário português proprietário da CBH (Companie Beninoise des Hydrocarbures Sarl), pelos crimes de corrupção ativa e lavagem de dinheiro.

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