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Moro adia por uma semana retorno de amigo de Lula à prisão

Internado em hospital de São Paulo, pecuarista José Carlos Bumlai deverá se apresentar à Polícia Federal em 30 de agosto; data determinada inicialmente pelo juiz era dia 23

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Por Julia Affonso , Ricardo Brandt e enviado especial a Curitiba
Atualização:

Sérgio Moro. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O juiz federal Sérgio Moro, que conduz as ações da Operação Lava Jato na 1.ª instância, adiou nesta quinta-feira, 18, o retorno à prisão do pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A defesa de Bumlai informou que o pecuarista foi internado em um hospital de São Paulo.

O magistrado havia determinado que Bumlai se apresentasse à Polícia Federal em 23 de agosto para retornar ao regime de prisão preventiva determinada em novembro de 2015, na deflagração da Operação Passe Livre, desdobramento da Lava Jato.

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A DECISÃO DE MORO

O pecuarista está cumprindo custódia domiciliar desde março quando deixou a prisão da Lava Jato para tratar um câncer na bexiga e, posteriormente, de problemas cardíacos.

"Pela decisão de 10 de agosto de 2016, determinei a reapresentação de José Carlos Costa Marques Bumlai na Polícia Federal em Curitiba no dia 23 de agosto de 2016", afirmou Moro. "Superveniente, a defesa peticionou informando a internação de seu cliente em 17 de agosto. Não foi esclarecido se ele permanece internado. Entretanto, considerando a proximidade do dia 23 de agosto e para evitar riscos desnecessários ao acusado, adio, por ora, para 30 de agosto a sua reapresentação à Polícia Federal em Curitiba, sem prejuízo de nova avaliação se necessário."

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Moro determinou que a defesa de Bumlai o mantenha informado para 'esclarecer se o cliente permanece internado e apresentar o resultado dos exames médicos'.

Bumlai é acusado de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e por crimes financeiros no emblemático empréstimo de R$ 12 milhões do Banco Schahin para o PT em 2004.

Petição anexada aos autos da Operação Lava Jato afirma que o pecuarista, de 71 anos, se compromete a apresentar 'os resultados dos exames e o diagnóstico médico tão logo estes forem concluídos'.

O documento informa, ainda, que após avaliação médica, foi determinada a internação 'para realização de exames e investigação de quadro infeccioso'. A defesa também anexou aos autos um 'pedido de internação' por 'quadro febril a esclarecer'.

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