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Ministro nega liberdade a empresário ligado a grupo que movimentou US$ 140 mi do tráfico

Humberto Martins, do Superior Tribunal de Justiça, indefere pedido de Ivo Queiroz Costa Filho, preso em maio na Operação Efeito Dominó

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Por Redação
Atualização:

Superior Tribunal de Justiça (STJ). Foto: ROBERTO JAYME/ESTADÃO

Um pedido de liberdade do empresário Ivo Queiroz Costa Filho, preso em maio pela Operação Efeito Dominó, foi indeferido pelo Superior Tribunal de Justiça, durante o recesso forense. A decisão foi tomada pelo vice-presidente do tribunal, ministro Humberto Martins, no exercício da presidência. O ministro destacou trechos da decisão do tribunal de origem ao negar a soltura do empresário, dando ênfase à 'participação de Ivo Queiroz em uma organização que movimentou, apenas no período de 2014 a 2017, mais de US$ 140 milhões recebidos por cerca de 27 toneladas de cocaína'.

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Documento

DECISÃO

As informações foram divulgadas no site do STJ - HC 460458

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O mérito do pedido de habeas corpus será analisado pela Sexta Turma do STJ, sob a relatoria do ministro Rogerio Schietti Cruz.

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Segundo Humberto Martins, a prisão foi devidamente fundamentada na necessidade de se garantir a ordem pública e a aplicação da lei penal.

"O decisum ainda destaca que há efetivo risco à aplicação da lei, porquanto comprovado por meio de escutas telefônicas que o paciente pretende evadir-se do país para viver nos Estados Unidos da América, em especial depois de ter sido condenado a 13 anos, por conselho de sentença, pelo crime de homicídio, condenação que aguarda análise de apelação."

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Efeito Dominó

A Operação Efeito Dominó é um desdobramento da Operação Spectrum, que em 2017 prendeu um dos maiores traficantes da América do Sul, segundo a Polícia Federal. Este traficante teria relações com Ivo Queiroz no mesmo grupo que atuava no tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro.

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A defesa alegou que as suspeitas iniciais sobre Queiroz partiram de premissas equivocadas contra o empresário, o que caracterizariam a prisão cautelar como desnecessária, e a decisão do tribunal de origem que manteve a prisão como teratológica.

Segundo o Ministério Público, Queiroz atuava no setor de blindagem de veículos, comércio de carros, além de ser dono de franquias de restaurantes. O Ministério Público narra que apesar de atuação como empresário em diversos ramos, ele planejava uma fuga para os Estados Unidos, para escapar da prisão referente a condenação pelo crime de homicídio, em outro processo.

COM A PALAVRA, A DEFESA

A reportagem entrou em contato com o advogado de Ivo Queiroz. O espaço está aberto para manifestação.

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