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Ministro da Fazenda demite auditora da Receita

Kazuko Tane, alvo da Operação Paraíso Fiscal, é acusada de integrar organização que vendia fiscalizações

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Por Redação
Atualização:

A auditora fiscal da Receita Kazuko Tane foi demitida a bem do serviço público por ato de improbidade administrativa. Kazuko foi alvo da Operação Paraíso Fiscal, investigação integrada da Polícia Federal, da Procuradoria da República e da Receita que, em 2011, desmantelou organização criminosa que se apossou da Delegacia do Fisco em Osasco (Grande São Paulo) para um esquema de fiscalizações e fraudes no ressarcimento de tributos.

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A demissão foi decretada pelo ministro interino da Fazenda Paulo Rogério Caffarelli, por meio da portaria 277 publicada no último dia 8 de julho no Diário Oficial da União. Kazuko foi demitida com restrição de retorno ao serviço público - está impedida de, no futuro, tentar uma nova carreira no funcionalismo.

A portaria 277, do ministro Caffarelli, destaca que Kazuko "valeu-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outro, em detrimento da dignidade da função pública". Segundo o ministro, a auditora agiu "como procuradora ou intermediária, junto a repartições públicas". A demissão foi decretada com base em Processo Administrativo Disciplinar da Receita.

A defesa de Kazuko Tane não foi localizada para falar sobre a demissão. A Paraíso Fiscal foi deflagrada no dia 4 de agosto de 2011. Seis auditores que trabalhavam na Delegacia da Receita em Osasco, um doleiro e dois familiares de fiscais foram presos.

A PF apreendeu, na ocasião, R$ 12,9 milhões em dinheiro vivo com os auditores. O dinheiro estava escondido em caixas de leite, fundo falso de armários e no forro da residência de um dos acusados. A Justiça Federal decretou o sequestro de imóveis e 13 carros de luxo da organização. Por meio de cooperação internacional o Ministério Público Federal obteve o bloqueio de R$ 2,1 milhões mantidos clandestinamente por um dos auditores em conta de empresa offshore.

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