Nayara Figueiredo/BRASÍLIA
14 de abril de 2019 | 11h53
O presidente da República, Jair Bolsonaro Foto: Ricardo Moraes/REUTERS
O presidente Jair Bolsonaro usou sua conta no Twitter neste domingo, 14, para confirmar a convocação de mil novos policiais federais. “O objetivo é compor gradativamente o quadro de inteligência, como no trabalho da Lava Jato (combate à corrupção) e outros serviços de segurança nacional, dentro do orçamento possível destes primeiros 100 dias de mandato”, afirmou Bolsonaro.
Governo anuncia convocação de mais 1.000 policiais federais. O objetivo é compor gradativamente o quadro de inteligência, como no trabalho da Lava-Jato (combate à corrupção) e outros serviços de segurança nacional dentro do orçamento possível destes primeiros 100 dias de mandato.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) 14 de abril de 2019
A medida havia sido anunciada na quinta-feira, 11, pelo ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, como parte das ações dos primeiros 100 dias de governo. A convocação é parte do plano de combate à corrupção do qual também faz parte o pacote anticrime proposto pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro – ex-juiz da Lava Jato.
O concurso previa a contratação de 500 pessoas, com nível superior de escolaridade, para as cinco carreiras policiais: 150 para delegado; 60 para perito criminal federal; 80 para escrivão; 30 para papiloscopista e 180 para agente de polícia federal.
Os aprovados estão em fase de convocação para a última etapa do concurso, que é o curso na Academia Nacional de Polícia. A formação dura aproximadamente cinco meses e tem caráter eliminatório.
(Com Agência Brasil)
COM A PALAVRA, A DELEGADA TÂNIA PRADO, PRESIDENTE DO SINDICATO DOS DELEGADOS DE POLÍCIA FEDERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
“Muito boa a confirmação do presidente da República de que o governo irá convocar os aprovados no concurso da Polícia Federal e recompor gradativamente o efetivo. Hoje temos quase 5 mil cargos vagos na PF, ou seja, praticamente um terço de déficit. Por não ter autonomia constitucional, a instituição vem passando por um grave processo de desmonte ao longo dos últimos anos, com redução orçamentária, sujeita a ingerências, quando deveria ter sido fortalecida para combater o crime organizado e a corrupção”.
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