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'Meu pai dizia que decência e honestidade eram obrigação', declarou, em votação do impeachment, filho de tucano preso

Caio Nárcio, do PSDB de Minas, fez voto emocionado na sessão da Câmara que decidiu pelo processo de afastamento de Dilma; nesta segunda, 30, seu pai Nárcio Rodrigues, ex-secretário do governo Anastasia em Minas, foi preso

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Por Mateus Coutinho e Fausto Macedo
Atualização:

Nárcio Rodrigues, preso nesta segunda-feira, 30 (esq) e seu filho Caio Narcio (dir) Foto: Estadão

Em abril, em sessão histórica na Câmara, o deputado federal Caio Nárcio, do PSDB de Minas, fez um discurso exaltado e emocionado ao votar pela continuidade do processo de impeachment da presidente Dilma.

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"Por um Brasil onde meu pai e meu avô diziam que decência e honestidade não era possibilidade. Era obrigação. Por um Brasil onde os brasileiros tenham decência e honestidade. Por Minas, pelo Brasil, para os jovens que estão lá fora nas ruas, verás que um filho teu não foge à luta", afirmou em seu voto, um dos 367 favoráveis ao afastamento da petista, enquanto segurava a bandeira do Brasil.

VEJA O VOTO DE CAIO NARCIO

Na manhã desta segunda-feira,30, foi a vez de a Polícia Federal, em conjunto com a Polícia Militar e o Ministério Público de Minas Gerais conversarem sobre decência e honestidade com o pai de Caio, ex-deputado federal e ex-secretário de Estado em Minas na gestão Antonio Anastasia (PSDB/2010 a 2014), Narcio Rodrigues.

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Ele foi preso e levado para depor na Promotoria de Minas em uma investigação que apura as suspeitas de desvio de recursos para a construção do Centro Internacional de Educação, Capacitação e Pesquisa Aplicada em Águas (Hidroex), erguido pelo governo estadual em Frutal, no Triângulo Mineiro, cidade natal e reduto eleitoral de Narcio Rodrigues. A autorização para o início das atividades do centro foi assinada pelo então governador Aécio Neves, hoje senador por Minas e presidente nacional do PSDB, em fevereiro de 2010.

O Grupo Especial de Promotores de Justiça de Defesa do Patrimônio Público do Ministério Público de Minas Gerais instaurou inquérito civil para apurar as irregularidades na obra.

Silveira disse em nota ao portal G1 que não teve participação no processo licitatório e no acompanhamento da execução de obras. Afirmou também que, caso haja, qualquer irregularidade ou desvio, a posição será sempre de pedir apuração criteriosa e punição dos eventuais culpados.

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