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MEI: pega essa visão!

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Por Carlos Melles
Atualização:
Carlos Melles. FOTO: DIVULGAÇÃO Foto: Estadão

Desde a criação da figura jurídica do Microempreendedor Individual (MEI), em 2009, temos acompanhado sucessivos crescimentos neste programa, que pode ser considerado um dos maiores de formalização do mundo e que, além de incentivar o empreendedorismo no Brasil, tem permitido a inclusão previdenciária de milhões de brasileiros. Em 2020, um levantamento feito pelo Sebrae, com base em dados da Receita Federal, identificou um recorde no número de formalizações nos últimos cinco anos. Mesmo diante das dificuldades impostas pela pandemia da Covid-19, foram registrados 2,6 milhões de novos MEI, fazendo com que o país ultrapassasse a marca dos 11,3 milhões de MEI.

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Mas o primeiro trimestre desse ano já mostra uma outra realidade e, pela primeira vez em cinco anos, o número de formalizações de microempreendedores individuais sofreu uma queda de 3%, se comparado com o mesmo período do ano passado. Dentre as atividades com maior número de formalizações, apenas nove apresentaram crescimento. Atividades como de cabeleireiro, manicure, pedicure e motoristas de aplicativos, que ocupam tradicionalmente as primeiras posições, registraram forte redução, aproximadamente -33%.

Com a chegada da pandemia, há um pouco mais de um ano, a formalização como MEI - vista como uma porta de entrada para o mundo dos negócios - virou uma grande alternativa para milhões de brasileiros  realizarem um sonho de ter o próprio negócio ou se recolocarem profissionalmente e obterem renda. A diminuição no número de cadastros pode refletir uma certa saturação momentânea das formalizações ou efeitos do recrudescimento da pandemia, que tem obrigado os governos estaduais e municipais a tomarem medidas de restrições e diminuído o contato de clientes e empreendedores, tão essencial em diversas atividades exercidas pelos microempreendedores individuais.

Apesar desse resultado negativo, esse é um nicho que tende a voltar a crescer e que pode ser um degrau de passagem para empreendimentos maiores, com necessidade de contratação de trabalhadores, de aumento de faturamento e, por que não, com possibilidades de conquistarem o mercado internacional. Mas para que qualquer negócio tenha sucesso, independentemente do porte, é preciso que o empreendedor se planeje e se capacite. O universo do empreendedorismo exige pessoas preparadas e inovadoras.

E é justamente para melhorar a qualidade dos empreendimentos que já existem ou que ainda estão nos planos de milhões de brasileiros que o Sebrae promove, entre os dias 10 e 14 de maio, mais uma edição da Semana do MEI, que há anos promove e dissemina o conhecimento do empreendedorismo estre esse público. A iniciativa conta com programação diversificada para auxiliar os potenciais empresários ou quem já possui o próprio negócio a superar a crise, se adaptar a esta nova realidade - mesmo que passageira - reestudar processos empresariais e recriar uma nova realidade de empreendedorismo.

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Por conta da pandemia, pelo segundo ano, o evento terá edição online, o que permitirá que um público maior seja atingido pelas mais diversas ofertas de capacitação e orientações especiais. A programação é gratuita e oferece palestras, oficinas e seminários para melhorar os negócios, além de orientação empresarial sobre gestão, inovação e finanças, obrigações e benefícios do Microempreendedor Individual.

E foi com muita alegria que convidamos para ser o embaixador dessa edição o Rick Chesther, empreendedor que começou como ambulante, transformou a venda de água em sucesso e, hoje, concede palestras, até em Harvard, e ensina técnicas para que mais pessoas tenham o mesmo desempenho. Nós, do Sebrae, junto com Rick, conhecido pelo bordão "Pega essa visão", convidamos empreendedores já formalizados ou que pretendem criar uma empresa a participar dessa semana de aprendizado e, juntos, podermos melhorar a qualidade do empreendedorismo do nosso país. Pegou a visão?

*Carlos Melles, presidente do Sebrae

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