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MBL pede na Justiça para Bolsonaro devolver dinheiro gasto nas férias

O recesso de fim de ano do presidente custou aos cofres públicos mais de R$ 2,3 milhões; valor corresponde aos gastos no período de 18 de dezembro de 2020 a 5 de janeiro

Por Camila Turtelli/BRASÍLIA
Atualização:

O deputado Kim Kataguiri (DEM-SP) e o vereador de São Paulo Rubinho Nunes (Patriota), ambos do Movimento Brasil Livre (MBL), entraram com uma ação na Justiça Federal pedindo que o presidente Jair Bolsonaro devolva à União os gastos de suas férias no fim do ano passado.

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O recesso de fim de ano do presidente custou aos cofres públicos mais de R$ 2,3 milhões. O valor corresponde aos gastos no período de 18 de dezembro de 2020 a 5 de janeiro. O montante foi informado ao deputado federal Elias Vaz (PSB-GO), que solicitou em dois requerimentos informações à Secretaria-Geral da Presidência e ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI).

No fim do ano, Bolsonaro viajou para São Francisco do Sul, em Santa Catarina, e depois retornou para Brasília, onde passou o Natal. Ainda no período de festas, viajou para o Guarujá, onde passou o Ano Novo. Nas duas viagens, o custo com a equipe de segurança foi de R$202.538,21.

O deputado federal Kim Kataguiri, no plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília. Foto: Dida Sampaio/Estadão

"O presidente da República, ao forçar a União a gastar tal quantia em suas férias (que são despesas pessoais e que deveriam ser por ele custeadas), ignora o estado de calamidade pública nas finanças do país e age como se fosse o dono do dinheiro público", diz a ação do MBL.

O MBL pede ainda à Justiça que nenhum outro gasto com férias do presidente seja feito antes do julgamento da ação e investigação sobre o gasto.

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Mais cedo, Kataguiri conseguiu aprovar na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle um convite para o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, explicar o gasto aos deputados.

"É ultrajante a toda população que a figura máxima do poder executivo esteja dando passeios enquanto reduz o auxílio e deixa faltar comida na mesa de milhões de brasileiros atingidos pela pandemia de covid-19", justificou Kataguiri no pedido.

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