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Marco Aurélio envia à PGR pedido de prorrogação do inquérito Moro contra Bolsonaro

Ministro do Supremo Tribunal Federal assumiu despacho, porque o decano Celso de Mello, relator do caso, está de licença médica; nova solicitação para ampliar prazo das investigações foi feita pela Polícia Federal na semana passada

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Por Rayssa Motta
Atualização:

Marco Aurélio Mello. Foto: Beto Barata / AE

O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), enviou à Procuradoria-Geral da República (PGR) o novo pedido da Polícia Federal para prorrogar, por mais 30 dias, o inquérito que apura se o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tentou interferir politicamente na corporação.

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O DESPACHO

No despacho, incluído no sistema eletrônico do Tribunal nesta quarta-feira, 9, Marco Aurélio determinou que o pedido seja aberto para 'vista' da PGR. A movimentação é de praxe e, na prática, indica que o Ministério Público Federal deve ser notificado e poderá de manifestar sobre o pedido caso julgue necessário.

Marco Aurélio tomou a decisão porque o relator do inquérito, o decano Celso de Mello, está de licença médica. O regimento interno do STF prevê a substituição pelo ministro mais antigo da Corte em caso de afastamento por questões de Saúde.

O pedido de prorrogação foi apresentado pela Polícia Federal na última quarta-feira, 2, sob alegação de que há 'diligências pendentes' e 'imprescindíveis' para esclarecer os fatos. Entre elas, a análise de documentos e o depoimento do presidente. Em junho, o procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu que Bolsonaro possa escolher a forma como prefere ser ouvido, mas até o momento não houve decisão do Supremo sobre o interrogatório.

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O inquérito foi aberto no final de abril a partir de informações apresentadas pelo ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, que deixou o governo acusando o presidente de substituir nomeados em cargos estratégicos da PF para blindar familiares e aliados de investigações. Bolsonaro nega as acusações.

Ao longo dos quase quatro meses, o próprio Sérgio Moro, ministros palacianos, delegados e superintendentes da Polícia Federal e a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) foram ouvidos no processo.

A investigação pode levar à apresentação de uma denúncia contra o presidente da República e, consequentemente, seu potencial afastamento do cargo caso o Congresso dê aval ao prosseguimento da acusação.

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