Fábio Fabrini, Fábio Serapião, Julia Affonso e André Borges
11 de abril de 2017 | 23h26
Paulo Skaf. Foto: Nilton Fukuda/Estadão
Ex-presidente do grupo que leva seu sobrenome, Marcelo Odebrecht revelou à Procuradoria-Geral da República que repassou R$ 2,5 milhões a Paulo Skaf e R$ 14 milhões ao ex-ministro Antonio Palocci (Governos Lula e Dilma/Fazenda e Casa Civil). Segundo o delator da Operação Lava Jato, o repasse foi um pedido de Benjamin Steinbruch, presidente à época da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN)
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“Colaborador Marcelo Bahia Odebrecht, o qual narra que, a pedido de Benjamin Steinbruch, presidente à época da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), repassou R$ 14 milhões a Antônio Palocci e R$ 2,5 milhões a Paulo Skaf, em razão de compromisso assumido por Benjamin Steinbruch com o Partido dos Trabalhadores (PT)”, narrou o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal.
Fachin tirou o sigilo da investigação e mandou cópia da delação de Marcelo Odebrecht à Seção Judiciária do Paraná, ‘ficando autorizada, por parte do requerente, a remessa de cópia de idêntico material à Procuradoria da República naquele Estado’.
“Registro que a presente declinação não importa definição de competência, a qual poderá ser avaliada nas instâncias próprias”, observou o ministro.
A assessoria do Benjamin Steinbruch ainda não respondeu.
COM A PALAVRA, PAULO SKAF
“Todas as doações recebidas pela campanha de Paulo Skaf ao governo de São Paulo estão devidamente registradas na Justiça Eleitoral, que aprovou sua prestação de contas sem qualquer reparo. Paulo Skaf nunca pediu e nem autorizou ninguém a pedir qualquer contribuição de campanha que não as regularmente declaradas.”
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