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Marcelo Miller nega 'facilidade' à JF e se põe à disposição de Fachin para esclarecimentos

Ex-procurador afirma em manifestação protocolada no Supremo que não usou nem prometeu usar da função pública para dar acesso ao grupo empresarial

Por Rafael Moraes Moura/BRASÍLIA
Atualização:

Marcelo Paranhos de Oliveira Miller. Foto: Alex Lanza / MPMG

Em manifestação protocolada nesta quarta-feira, 23, no Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-procurador Marcelo Miller negou que tenha usado ou prometido usar da função pública que desempenhava na Procuradoria-Geral da República (PGR) para dar acesso ou facilidades ao grupo J&F. Miller também se colocou à disposição do ministro Edson Fachin, que homologou a delação premiada de executivos da J&F, para prestar esclarecimentos sobre o caso.

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Um dos motivos pelo qual a PGR fez a rescisão unilateral dos acordos de colaboração premiada, nos casos de Wesley Batista e Francisco de Assis, foi a constatação de que os delatores não teriam comunicado participação de Marcello Miller na negociação dos acordos enquanto ainda era procurador da República.

"Não há qualquer indicativo de que o requerente tenha facilitado ou tentado facilitar acesso de ninguém a nenhum órgão do Ministério Público Federal - o que pode ser cabalmente comprovado mediante a oitiva de qualquer integrante, independente da condição funcional, do gabinete do então procurador-Geral da República", afirmam os advogados de Miller.

Miller alega que, depois de pedir exoneração, passou a desempenhar atividade preparatória da advocacia que viria a exercer em favor da empresa J&F Investimentos S/A., "atividade essa que não envolveu, em nenhuma dimensão, a função pública que ele ainda exercia".

O ex-procurador colocou-se à disposição do gabinete de Fachin "para ser ouvido em qualquer foro e sobre qualquer fato, podendo, inclusive, deslocar-se a expensas próprias à capital federal para essa finalidade independentemente de intimação".

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