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Máquina de jukebox derruba delegado

Rafaello Ross foi afastado da Delegacia de Polícia do município de Mafra, a 310 quilômetros de Florianópolis, após aparelho ter sido levado por um amigo dele 'para manutenção'

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Por Francisco Gonzaga
Atualização:

Jukebox. Foto: Pixabay

O delegado de polícia do município de Mafra, a 310 quilômetros de Florianópolis, Rafaello Ross foi afastado do cargo, por ordem da Justiça de Santa Catarina. A decisão foi tomada a pedido do Ministério Público, após uma máquina de jukebox, apreendida em 2014 pela delegacia onde Ross atuava, ter sido retirada por um amigo dele, Léo da Silva Feliciano, no início de 2017. O delegado entrou com efeito suspensivo da decisão, mas seu pedido foi indeferido.

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O delegado alega que a máquina, avaliada em R$3 mil, foi 'levada para manutenção'.

Na decisão a desembargadora Vera Copetti, do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, alegou que o delegado 'usava do seu cargo para pressionar e coagir agentes policiais que cuidavam das investigações'.

"O que caracteriza de forma cabal sua intervenção na investigação em curso é a utilização das faculdades que lhe são conferidas pelo exercício atual da função de Delegado Regional de Polícia na tentativa de influenciar os depoimentos ou incutir receio e temor nos agentes policiais a ele subordinados", anotou a magistrada.

COM A PALAVRA, A DEFESA

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Segundo a defesa do delegado Rafaello Ross, 'há um equívoco do Ministerio Público em considerar que houve um ato de improbidade'.

"Essa máquina ficava na delegacia e acabou queimando. Ele (Ross) autorizou, então, que fosse feito o conserto, e dentro do inquérito, que ela fosse devolvida, o que aconteceu. Houve alguns problemas de ordem disciplinar e ele (delegado) foi denunciado como se tivesse doado ao Léo (da Silva Feliciano, amigo do delegado). Criaram uma confusão para uma coisa muito pequena", reage o advogado Nei Luís Marques.

A defesa agora aguarda a decisão do juiz sobre o recebimento da ação civil.

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