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Lula não vai!

Apesar de 'orientações técnicas' de advogados, que preferem a batalha nos tribunais, ex-presidente decidiu permanecer no lendário sindicato da rua João Basso onde comandou as greves dos anos 1970 das montadoras e despontou para a política, até o horário estipulado pelo juiz Sérgio Moro para se entregar na PF de Curitiba, 17h desta sexta-feira; 'que venham me pegar'

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Foto do author Daniel  Weterman
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Por Daniel Weterman , Luiz Vassallo , Fausto Macedo e Luiz Fernando Teixeira
Atualização:

Lula. Foto: Bruna Prado/AP

Lula não vai se entregar, pelo menos até o horário imposto pelo juiz Sergio Moro - 17h desta sexta-feira, 6.

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Ele decidiu permanecer em seu antigo reduto, o lendário Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, construção que se ergue à Rua João Basso, em São Bernardo do Campo. Ali comandou as greves históricas do final dos anos 1970 nas montadoras, depois criou o PT e chegou à Presidência. 'Que venham me pegar!', disse a aliados, em recado à Polícia Federal e ao juiz Sérgio Moro.

Mesmo orientado por advogados que o cercam, o petista se mantém irredutível. Ele não sai do sindicato!

Às 17 horas desta sexta-feira, 6, esgota-se inapelavelmente o prazo do líder petista para se entregar à Polícia Federal de Curitiba, dado pelo juiz Sérgio Moro, da Operação Lava Jato, que o condenou a 12 anos e um mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no processo do triplex do Guarujá.

Agentes que conversam com a imprensa na Polícia Federal em Curitiba dizem que não é possível considerar o ex-presidente Lula como "foragido". Eles dizem que ainda é possível negociar uma entrega de Lula com a defesa e que o não comparecimento de um réu no prazo estipulado pelo juiz configura uma situação "delicada", mas que faz parte da realidade criminal do País.

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Lula não vai porque não admite ter cometido ilícitos. Ele insiste na tese de que é inocente, reafirma que não é o dono do triplex e que não nomeou dirigentes da Petrobrás que instalaram esquema de propinas e cartel na estatal.

Lula também não reconhece a legitimidade da 'República de Curitiba', como ele denomina a força -tarefa da Operação Lava Jato.

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