Foto do(a) blog

Notícias e artigos do mundo do Direito: a rotina da Polícia, Ministério Público e Tribunais

'Lula não quer saber de indulto', afirma Damous, após visita ao ex-presidente

Deputado petista disse, depois de se encontrar com Lula na sede da Polícia Federal em Curitiba, que 'ele reitera que quer ver provada sua inocência'

PUBLICIDADE

Foto do author Luiz Vassallo
Foto do author Julia Affonso
Foto do author Fausto Macedo
Por Luiz Vassallo , Julia Affonso e Fausto Macedo
Atualização:

Reprodução do vídeo de Wadih Damous 

O deputado Wadih Damous (PT/RJ) afirmou, nesta terça, 18, que o ex-presidente Lula não 'quer saber de indulto' da Presidência da República.

PUBLICIDADE

"Ele reitera que quer ver provada sua inocência, quer demonstrar sua inocência e ver reconhecida sua inocência, ele não quer saber de indulto", afirmou o deputado, após visitar o ex-presidente na sede da Polícia Federal em Curitiba - onde o petista cumpre pena de 12 anos e um mês de reclusão no processo do triplex do Guarujá.

As informações sobre a visita de Damous foram divulgadas pela assessoria de imprensa do ex-presidente.

Segundo o deputado, Lula 'não quer confundir a intenção do indulto com reconhecimento de culpa'. "Lula quer que os tribunais superiores julguem seu processo e reconheçam sua inocência".

Mais cedo, nesta terça, 18, o candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad (PT), afirmou que não vai dar indulto a Lula, condenado na Operação Lava Jato.

Publicidade

"Lula é o primeiro a dizer que não quer favor, quer reconhecimento do erro do Judiciário".

Questionado, Haddad, pela primeira vez, negou: "Não. Não ao indulto", disse, em entrevista à Rádio CBN e ao portal G1.

Mesmo que fosse o desejo de um novo presidente da República, Lula tem o caminho para receber um indulto atualmente impedido por quatro pontos de uma decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal.

Em março, Barroso tornou sem efeito quatro pontos do decreto de indulto de Natal assinado pelo presidente Michel Temer, em 2017. A decisão de Barroso é liminar e ainda precisa ser referendada pelo plenário do Supremo. Neste caso o colegiado da Corte decidirá sobre o mérito do caso, confirmando ou não o entendimento do ministro. Para tanto, a questão deve ser pautada pelo presidente do STF, Dias Toffoli.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.