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Lula era 'chefe' e Marisa 'madame' em mensagens da OAS, diz PF

Em relatório final do primeiro indiciamento do ex-presidente na Lava Jato, em Curitiba, delegado reuniu comunicação de Léo Pinheiro, ex-presidente da empreiteira, para provar que o casal acompanhou e orientou reformas que seriam propinas

Foto do author Julia Affonso
Foto do author Fausto Macedo
Por Julia Affonso , Ricardo Brandt e Fausto Macedo
Atualização:

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Construído pela Bancoop (cooperativa habitacional do sindicato dos bancários), que teve como presidente o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto - preso desde abril de 2015 -, o prédio foi adquirido pela OAS em 2009 e recebeu benfeitorias da empreiteira, acusada de cartel e corrupção na Petrobrás. Para a Lava Jato, o ex-presidente seria o verdadeiro dono do tríplex e as reformas seriam propinas. A defesa do petista nega taxativamente.

 

Nas mensagens encontradas nos celulares apreendidos do ex-presidente da OAS e do engenheiro do grupo, em que Lula é chamado de "chefe" e Marisa de "madame", segundo interpretação da PF, foram encontrados elementos para apontar que o casal orientou as reformas no apartamento do Guarujá - e também do sítio de Atibaia."O projeto da cozinha do chefe da pronto Se marcar com a Madame pode ser a hora que quiser", registra arquivo de troca de mensagem de Léo Pinheiro. "Amanha as 19h. Vou confirmar. Seria nom (bom) tb ver se o Guaruja esta pronto." "Guaruja também está pronto." Para a polícia, eles falavam da instalação das cozinhas no apartamento do litoral e do sítio de Atibaia, ambas em 2014.

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Marisa também é tratada como "dama" nas mensagens. "Dr Léo o Fernando Bittar aprovou junto a Dama os projetos tanto de Guarujá como do sítio", registra uma mensagem de interlocutor não identificado enviada para o ex-presidente da OAS, em fevereiro de 2014 - um mês antes de ser deflagrada a Lava Jato.

 
 

 Foto: Estadão
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