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Lula desiste de Jucá

Em ofício ao juiz Sérgio Moro na noite desta segunda-feira, 6, defesa do ex-presidente comunicou que líder do governo Temer não precisaria mais ser ouvido; audiência estava marcada para a manhã desta terça, 7

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Foto do author Fausto Macedo
Por Julia Affonso , Mateus Coutinho e Fausto Macedo
Atualização:

O senador Romero Jucá e o ex-presidente Lula. Foto: Renato Araújo/ABR

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva desistiu do testemunho do senador Romero Jucá (PMDB-RR), na Operação Lava Jato. Em ofício anexado aos autos da ação penal, às 21h37, desta segunda-feira, 6, que responde na 13ª Vara Federal, em Curitiba, a defesa do petista afirmou que o depoimento de Jucá 'versaria sobre questões que já foram esclarecidas por outras testemunhas e documentos carreados aos autos'.

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Nesta ação, Lula é acusado de ter recebido R$ 3,7 milhões em benefício próprio - de um valor de R$ 87 milhões de corrupção - da empreiteira OAS, entre 2006 e 2012. As suspeitas contra Lula são relativas ao recebimento de vantagens ilícitas da empreiteira OAS por meio de um triplex no Guarujá, no litoral de São Paulo, e ao armazenamento de bens do acervo presidencial, mantido pela Granero de 2011 a 2016.

A audiência de Jucá estava marcada para às 9h30 desta terça-feira, 7, por meio de videoconferência. Jucá foi líder do governo Lula no Senado. O senador é o atual líder da gestão Michel Temer na Casa.

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Ele foi citado na delação premiada do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado. Segundo o delator, Jucá e outros quadros importantes do PMDB - o senador Renan Calheiros (AL) e o ex-presidente José Sarney (AP) - teriam tramado contra a Operação Lava Jato. Todos negam as acusações.

"Luiz Inácio Lula da Silva, já qualificado nos autos da ação penal em epígrafe, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por seus advogados infra-assinados, à vista de estar designada audiência para amanhã, 7 de março de 2017, às 09:30hs, por videoconferência com Brasília/DF, para a inquirição da testemunha senador Romero Jucá Filho, arrolada por esta defesa, e tendo em conta que seu depoimento versaria sobre questões que já foram esclarecidas por outras testemunhas e documentos carreados aos autos, vem requerer a desistência da inquirição da referida testemunha, na forma do artigo 401, § 2º do Código de Processo Penal", solicitou a defesa de Lula.

Em outro ofício, os advogados do petista desistiram de mais cinco testemunhas que falariam por videoconferência. Os depoimentos do general Marco Edson Gonçalves Dias e do brigadeiro Rui Chagas Mesquita, estavam marcadas para esta terça, às 9h30. A audiência do ex-ministro Gilberto Carvalho estava agendada para esta quarta, 8, de Letícia Archur Antonio e de Antonio Luis Costa, para quinta, 10, do ex-presidente do PT Ricardo José Ribeiro Berzoini e do deputado federal Henrique Fontana Junior (PT-RS) para 15 de março.

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