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Lições aprendidas em 2020 incluem digitalização, sustentabilidade e inovação

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Por Francisco Loureiro
Atualização:
Francisco Loureiro. FOTO: DIVULGAÇÃO Foto: Estadão

"Sabedoria é saber o que fazer; habilidade é saber como fazer; virtude é fazer". Esta brilhante frase do escritor e naturalista norte-americano David Starr Jordan pode ter deixado alguns líderes com baixa autoestima em 2020. Pudera, vivemos o ano da falta de previsibilidade, do ineditismo e para alguns, do "beco sem saída".

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Nem é possível ainda afirmar que "passada a tormenta" voltamos à normalidade. Os desafios perduram. Em 2021, provavelmente vamos continuar vivendo com a digitalização acelerada; estratégias diferenciadas para reter e fidelizar clientes; negócios cada vez mais sustentáveis em todas as áreas, com a transformação e o refrão da inovação.

Um bom exemplo do impacto da digitalização foi sentido no setor bancário. Dados da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) mostram que durante o isolamento social, as operações bancárias caíram 53% nas agências e cresceram 19% nos canais digitais. Com shoppings e comércio de rua fechados durante a quarentena, 150 mil novas lojas foram abertas na internet entre março e setembro de 2020.

Mesmo num período angustiante, algumas empresas comemoraram o aumento de produtividade no ano que muitos tentam esquecer. O DataSenado aplicou uma pesquisa em nível nacional, que comprovou a eficácia do trabalho remoto executado pelo trabalhador brasileiro. Aproximadamente 21 milhões de pessoas ou trabalham ou já exerceram as atividades profissionais nesta modalidade, sendo que a parcela de 14 milhões de brasileiros foi motivada pela pandemia. Aproximadamente 41% sentiram melhoria no rendimento profissional.

Junto com o bônus veio o ônus. Foi o que apontou uma pesquisa realizada pela plataforma de trabalho Workana que entrevistou 2.810 funcionários em países das Américas (incluindo o Brasil) e Europa. A relação de amor e ódio com o home office gerou resultados psicológicos negativos para 43,7% das pessoas: 28% das mulheres foram acometidas por ansiedade, enquanto entre os homens a taxa ficou em 8,33%.

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Como em todo momento de crise, enquanto alguns choram, outros vendem lenços. E assim vimos as health techs inovando e crescendo. Muitas delas justamente no segmento de telemedicina, que já atendeu cerca de 2 milhões de consultas no ano passado. As startups do setor de saúde, ligadas ao tema COVID-19, receberam mais de 66 milhões de dólares de investimentos, de acordo com o estudo Distrito Health Tech Report.

E como estamos falando de startups e inovação, por que não testar este modelo em novos projetos mesmo dentro de uma grande companhia? Me refiro aqui a prototipar modelos capazes de virtualizar negócios em toda cadeia e em todas as áreas. Este caminho permite criar, desenvolver, acessar e integrar todas as ferramentas e insumos para estruturar negócios alinhados com as novas demandas do mercado de maneira ágil.

Esta é a hora de se abrir para novas formas de olhar e interpretar o mundo. Avalie quais talentos da sua equipe têm perfil para ser resiliente a grandes mudanças em alta velocidade. O medo pode ser um grande combustível para a transformação do seu negócio.

Faça desta crise a oportunidade de mostrar a clientes, colaboradores, investidores, acionistas e a você mesmo que é possível transformar para melhor.

*Francisco Loureiro, presidente da Proudfoot Brasil

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